Professores paralisam atividades e fazem passeata pelas ruas de Araguaína cobrando valorização
Acompanhando o movimento de paralisação nacional nos dias 23, 24 e 25 de abril, os professores das redes municipal e estadual de ensino de Araguaína cruzaram os braços na manhã de hoje (23) e percorreram as principais ruas da cidade denunciando os desmandos na educação, cobrando maiores investimentos, transparência nos recursos, valorização e melhores condições de trabalho no ambiente escolar.
A mobilização em Araguaína foi organizada pelo Sindicato dos Profissionais em Educação (Sintet) e contou com a participação de centenas de professores que fizeram uma manifestação em frente à prefeitura de Araguaína/Câmara de vereadores e na Praça das Bandeiras.
Em frente ao Legislativo, a categoria cobrou fiscalização e responsabilidade por parte dos vereadores no acompanhamento dos gastos públicos e votação dos projetos de Lei que alteram dispositivos do Plano de Carreira dos professores. O movimento ganhou apoio da vereadora Silvinia do Sintet (PT) e dos parlamentares Soldado Alcivan (PP), Marcus Marcelo (PR), Neto Pajeú (PR) e Ferreirinha (PMDB).
Cobranças
Dentre as reivindicações da categoria estão a aplicação de 100% dos royalties do petróleo na educação e 10% do Produto Interno Bruto (PIB), profissionalização dos funcionários de educação e cumprimento do piso salarial nacional.
Na oportunidade, a líderes sindicais também repudiaram as severas restrições impostas por governantes às negociações com os servidores, causando tensões e motivando greves.
Críticas ao governo Ronaldo Dimas
O presidente do Sintet, Professor Jesulê Guida, criticou severamente a administração do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR), argumentando que o gestor tem pouco dialogado com a categoria antes de propor modificações no Plano de Carreira da Educação. “Em pleno Século XXI não dá para você lidar com um Prefeito que manda um Projeto diretamente para a Câmara sem passar pelos tramites legais, tentando eliminar itens importantes do Plano de Carreira, sem discutir com o Sindicato, com a Comissão de Gestão e com a categoria. Portanto, entendemos que um Governo que manda as Leis passando por cima dos trabalhadores, esse Governo é Ditador” criticou Jesulê.
Participação dos educadores
Este é o primeiro dia da paralisação que deve seguir até quinta-feira (25). De acordo com informações oficiais, 15 escolas e 4 creches da rede municipal de ensino de Araguaína aderiram à paralisação. Já na rede estadual, mais de 30 escolas cruzaram os braços na regional, sendo que 18 delas só em Araguaína.
(AF Notícias)