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Governo tenta melhorar imagem com reforço policial em Araguaína, mas cidadãos ainda convivem em meio à criminalidade

Divulgação
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Após acontecer cerca de sete homicídios em pouco menos de uma semana, a Polícia Militar resolveu intensificar o patrulhamento em Araguaína.

Segundo a PM, o Comando Geral da Polícia Militar encaminhou a Araguaína o comandante do Policiamento do Interior, coronel Amaro Martins de Queiroz e equipe, que estão desde quinta-feira, dia 2, coordenando diretamente as ações que são realizadas através de blitzes e abordagens em veículos, bares e locais de maior fluxo de pessoas.

A finalidade é coibir o altíssimo índice de criminalidade na cidade e tentar garantir mais segurança à população,

Para reforçar o policiamento ordinário, estão sendo empregados diariamente cerca de 20 policiais do serviço administrativo do 2º Batalhão de Araguaína.  Também para reforçar o efetivo foi remanejada uma equipe de policiais da CIPRA – Companhia Independente de Polícia Militar Rodoviária e Ambiental.

A frota do 2º BPM também recebeu reforço de mais quatro viaturas.

De acordo com o comandante do 2º BPM – Batalhão da Polícia Militar,  tenente coronel Edson Murussi Leite, de janeiro até março deste ano foram apreendidas 26 armas de fogo só em Araguaína e semanalmente o policiamento preventivo é reforçado com o emprego de policiais do serviço administrativo.

A realidade

Mesmo com esse efetivo nas ruas, geralmente, apenas quatro viaturas, e menos de dez policiais, fazem a segurança no período noturno, número insuficiente para uma população de 150 mil habitantes e considerando também que os maiores índices de criminalidade acontecem durante a noite.

Para a população, ações paliativas como estas não resolvem os problemas, visto que elas acontecem somente quando a situação toma proporções alarmantes. Além disso, a operação fica concentrada mais no centro da cidade, enquanto a periferia, que representa maioria dos bairros, permanece sem o policiamento diário.

Dessa forma, ações como estas servem mais para melhorar a imagem do Governo (totalmente ausente e inoperante em Araguaína), do que para efetivamente garantir segurança à população.

É inegável que o fator inibidor da criminalidade é a presença do Estado nas ruas. E, como de fato percebemos, sua ausência garante liberdade à atuação dos “foras da lei” e insegurança aos cidadãos de bem.

Os elevados números de criminalidade se justificam quando observamos que 56,3% de todo o efetivo policial do Estado está concentrado somente em Palmas, enquanto nas outras 138 cidades concentram apenas 43,7%.  Com dados tão desproporcionais, mais 300 vagas de soldado disponibilizadas em concurso não resolverá minimanete o problema da criminalidade no Tocantins.

Dessa forma, a insegurança, a criminalidade livre e organizada, os elevados índices de homicídios, são problemas que ainda teremos que conviver por muito tempo, infelizmente.

(AF Notícias)