37% dos brasileiros não aceitariam filho homossexual, diz pesquisa
Resultados da pesquisa | |
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1- Concordância com a frase: “Não aceitaria ter um filho ou uma filha homossexual” |
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Geral – todas as idades | 37% |
Homens | 45% |
Mulheres | 35% |
Geral – 16 a 24 anos | 26% |
Geral – 25 a 34 anos | 33% |
Geral – 35 a 49 anos | 37% |
Geral – 50 anos ou mais | 46% |
2- Concordância com a frase: “Sou contrário que casais do mesmo sexo tenham os mesmos direitos dos casais tradicionais” |
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Geral – todas as idades | 38% |
Homens | 47% |
Mulheres | 35% |
Geral – 16 a 24 anos | 35% |
Geral – 25 a 34 anos | 32% |
Geral – 35 a 49 anos | 34% |
Geral – 50 anos ou mais | 47% |
Fonte: Instituto Data Popular |
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular aponta que 37% dos brasileiros ouvidos não aceitariam ter um filho ou filha homossexual.
Segundo o levantamento, 38% também se disseram contrários ao fato de casais do mesmo sexo terem os mesmos direitos de “casais tradicionais”.
O Instituto Data Popular, uma entidade privada de consultoria, informou ter ouvido 1.264 pessoas em todas as regiões brasileiras, no primeiro trimestre de 2013. Segundo a empresa, o objetivo era saber qual era a opinião dos entrevistados sobre assuntos relacionados a homossexualidade e ao acesso a direitos civis por casais de mesmo sexo no Brasil.
O resultado, diz o Data Popular, mostra que o preconceito contra homossexuais ainda é alto e que, também, a rejeição é maior dentre os homens.
Em maio de 2011 o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a união estável homoafetiva no país. Já em 14 de abril deste ano, uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a obrigatoriedade de todos os cartórios registrarem casamentos e uniões estáveis homossexuais sem que haja necessidade de uma determinação judicial.
Segundo o Instituto Data Popular, a primeira pergunta no levantamento era se o entrevistado concordava ou não com a frase “Não aceitaria ter um filho ou uma filha homossexual”. No geral, 37% responderam que concordavam com a afirmativa. Dentre os homens, a taxa ficou em 45%. Já entre as mulheres, a rejeição a filhos homossexuais caiu para 35%.
Se analisada a divisão por idades, a rejeição a um filho homossexual ficou maior entre os entrevistados com 50 anos ou mais – 46% disseram que não aceitariam.
A segunda pergunta feita foi em relação à universalização dos direitos civis para casais de mesmo sexo. O resultado apresentou nível de rejeição é semelhante, informa o Instituto Data Popular.
Disseram-se contrários que à equiparação dos diretios 38% dos entrevistados. O percentual ficou maior quando se analisa só as respostas dos homens: 47%. Já entre as mulheres a rejeição foi de 35%.
Para Renato Meirelles, sócio diretor do Instituto Data Popular, “os números reforçam que o preconceito da sociedade para com os homossexuais existe, tanto dentro de casa, quanto fora dela”, divulgou a entidade.
O Brasil tem mais de 60 mil casais homossexuais, segundo dados preliminares do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Parada Gay em São Paulo
No próximo domingo (2), acontece em São Paulo a 17º Parada do Orgulho LGTB, a partir das 12h, na Avenida Paulista. O tema deste ano será “Para o Armário Nunca Mais, União e Conscientização” e tem o objetivo é alertar para os retrocessos em relação às conquistas da comunidade gay. O desfile será encerrado com trio elétrico que protestará contra o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), político que ficou conhecido após supostos ataques e ofensas a africanos e homossexuais.
“Não é só contra o Feliciano, é contra todos aqueles ‘infelicianos’ que insistem em julgar os direitos dos outros em detrimento da sua heterossexualidade”, disse o diretor da Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT), Nelson Matias, durante a coletiva de imprensa de lançamento do evento, na início de maio.
A Prefeitura de São Paulo investirá R$ 1,6 milhão na logística e infraestrutura da Parada do Orgulho LGBT. Ao todo, 1,2 mil policiais militares vão acompanhar o evento. A corporação também vai usar câmeras e helicóptero durante o monitoramento, segundo a APOGLBT
(G1)