César chamará Félix de ‘mariquinha’ e ameaçará tirá-lo do testamento

César (Antonio Fagundes) ficará furioso ao descobrir que Félix (Mateus Solano) é gay em “Amor à vida”. Inconformado, o médico chamará o filho de mariquinha, exigirá que ele se case novamente com uma mulher e ainda ameaçará deixá-lo na rua da amargura.

Depois que Edith (Bárbara Paz) contar toda a verdade sobre o marido, o presidente do San Magno sequer conseguirá conversar com Félix. Pilar (Susana Vieira), então, falará com o marido e será maltratada.

– Olha só o filho que você me arrumou. A culpa é sua. Você mimou demais esse menino. Desde pequeno o Félix é assim, brincando com você, escolhendo seus sapatos, suas bolsas. Quando ele brigava por causa dos seus sapatos, que achava que não combinavam com o vestido, eu morria de vergonha. Eu sabia que não era coisa de homem. É um mariquinha, como diziam na minha infância. Uma bicha.

Pilar ficará surpresa com as palavras do médico e perguntará se está falando com um homem das cavernas. Ela dará como exemplo os homossexuais assumidos no exército nos Estados Unidos.

– É porque nos Estados Unidos as bichas tão tomando o poder. Não tenho preconceito. Quem quiser ser gay, que seja. Mas não o meu filho. Não o Félix, que carrega o meu nome. Minha vontade agora é dar um murro na cara do Félix.

Mais tarde, o médico tomará coragem para falar com o vilão. Quando Félix chamá-lo de pai, César ficará ainda mais nervoso e perguntará como ele ainda tem coragem de se dirigir a ele assim. O presidente do hospital dirá que está cheio de vergonha e confessará que sempre notou uma “certa tendência” no filho.

César voltará ao assunto Anjinho (Lucas Malvacini) e Félix lembrará que o pai também já traiu, mas o médico vai se gabar de ser “homem com H maiúsculo”:

– Antes da sua mãe eu tive todas as mulheres que eu quis. Não nego que depois do casamento, tive minhas aventuras. Eu já fui apelidado de garanhão! Me diz uma coisa. Você está disposto a mudar?

– Eu nunca quis ser como sou. Eu acho que a maioria dos gays preferia não ser gay. Por que alguém escolheria viver discriminado, passar a vida sendo alvo de deboche, viver uma vida escondida? Mas, às vezes, eu sinto como uma avalanche dentro de mim, um vendaval que me carrega pra… Eu não sou capaz.

– Mas vai ter que ser. Ou te ponho pra fora do hospital. Agora, sem ter uma mulher, um filho, você é capaz de soltar a franga, como dizem. Você vai reconquistar a Edith. Vai resgatar o seu casamento com ela. Se não for com ela, com outra. Vai reconstituir uma família, vai viver como um homem de bem.

Félix insistirá que ficou aliviado com toda a revelação, mas César dará um fora nele. O médico ameaçará fazer tudo o possível para o filho ficar fora do testamento:

– Eu te deixo na merda, Félix.

O vilão começará a chorar e levará mais uma bronca. O médico mandará ele parar de chorar como “uma mocinha desprotegida” e agir feito homem.

(Patricia Kogut)