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Dimas apresenta proposta de 6% da data-base; servidores não aceitam e prometem greve, além de ação civil pública

Divulgação
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O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR), esteve reunido nessa quarta-feira, 24, com representantes dos sindicatos classistas do município para apresentar um ajuste da data-base de todos os servidores de 6%. O Executivo propôs ainda que a discussão da data-base seja repassada para o mês de junho de cada ano, pois assim há possibilidade de saber o real valor do repasse de verba do Governo Federal.

De acordo com a proposta, o pagamento da data-base referente ao ano de 2013 deve ser realizado em 3 parcelas, com aumento de 2% a partir do mês de novembro, mais 2% em fevereiro de 2014 e outros 2% no mês de abril de 2014.

Durante a reunião, os representantes dos sindicatos informaram que irão decidir se aceitam a proposta após uma assembleia geral, que deve ser realizada até o dia 31 deste mês.

Segundo Dimas, esse é um ano de esforço mútuo tanto da administração pública quanto da população para que todas as contas públicas estejam em dia. “Esse é um ano de sacrifício e se conseguimos arrecadar um pouco mais nesse semestre foi economizando e fechando as torneiras, porque só na Educação tivemos um acréscimo na folha com a contratação de assistentes por causa dos aumentos do número de alunos especiais e principalmente, com a nomeação dos aprovados no concurso”, explicou Dimas.

Data-base

O pagamento da data-base foi alvo de grandes polêmicas e manifestações durante os quase 8 meses de gestão de Dimas. A reivindicação mais recente foi a dos professores do município, onde eles interditaram parte da BR 153.

Ness gestão, a Data-Base dos profissionais da educação foi discutida somente uma vez, no mês de março. Durante reunião, o prefeito disse que a prefeitura não possuía receita para conceder ou continuar com os aumentos salariais.

Reação dos servidores

A proposta apresentada pela prefeitura  não agradou aos sindicatos.  Para o presidente do Sintet- Sindicato dos Trabalhadores em Educação,  Jesulê Guida, a proposta  da prefeitura  de 6%  “é indecente e fora da realidade econômica do município“.  Jesulê afirmou também que a prefeitura chegou na reunião apresentando um índicador zero.  Segundo ele, só depois de muita discussão, nas duas horas de reunião, é que o município teria   apresentado o reajuste de 6%, divididos em três parcelas, duas para este ano e  a outra ainda  para o ano que vem .

Greve á vista

O Sintet vai se reunir em assembleia no dia 31 deste mês para decidir se aceita ou não  a proposta da prefeitura. Mas o presidente da  instituição adiantou que dificilmente  a proposta será aceita pelos servidores da educação. “Vamos decidir tudo em assembleia, mas tenho 90% de certeza de que  a proposta será  rejeitada  por todos os trabalhadores”, garantiu.

Caso a proposta não seja aceita em assembleia, os servidores da educação vão entrar em greve por tempo indeterminado, é o que garante Guida. “Não temos dúvidas de que o caminho será a greve geral e  que só terminará quando  o prefeito atender  a nossa proposta  de um indicador maior, que é de 10%.

Ação civil pública 

Em resposta à proposta  apresentada,  Guida  disse também que  o Sintet vai entrar  na justiça com uma ação civil pública contra  o municipio. Segundo Guida,  a prefeitura teria dinheiro suficiente para pagar  o reajuste exigido pela categoria, mas que atualmente, os recursos estariam sendo  gastos de forma irregular e com desperdício.  “A prefeitura tem dinheiro, sim, só que ela está gastando de forma errada. A secretaria de educação tem uma folha de pagamento de 600 mil reais, muitos são contratados, e parte  desses funcionários recebem  gratificação de forma irregular, o que é proibido por lei. O dinheiro da educação é mal aplicado, por iso . vamos entrar na justiça contra a prefeitura” ,  declarou Guida.

(Portal O Norte)