Popularidade de Dilma sobe seis pontos e chega a 36%
A popularidade da presidente Dilma Rousseff voltou a subir após ter despencado nos últimos meses. Nova pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 10, indica que o total dos brasileiros que consideram o governo Dilma ótimo ou bom subiu seis pontos, passando de 30% para 36%. Nos últimos meses o índice havia despencado 35 pontos em meio à onda de protestos que se alastrou pelo País.
É a primeira vez que o índice tem reação positiva desde março, quando a popularidade atingiu o pico de 65% de ótimo e bom. A pesquisa indicou crescimento do otimismo dos brasileiros em relação à economia, neste período em que a inflação desacelerou e chegou perto de zero em julho, fato explorado em vários discursos pela presidente em cerimônias das quais participou.
Embora a expectativa em relação à inflação ainda esteja em patamar elevado, de 53%, o índice de entrevistados que temem o desemprego caiu cinco pontos. Ao mesmo tempo, diminuiu o entusiasmo em relação aos protestos de rua e os seus resultados, depois que muitos deles resultaram em atos de vandalismo. No fim de junho, 67% dos entrevistados achavam que os protestos seriam mais benéficos do que prejudiciais aos brasileiros. Agora o porcentual caiu para 52%.
Além da queda da inflação, outros fatores econômicos explicam a melhora da percepção positiva do governo, como o poder de compra dos salários e o cenário positivo do mercado de trabalho. Em julho, a pesquisa anterior do mesmo instituto já mostrava o apoio da maioria às respostas do governo aos protestos nas ruas. No início, o pacto sugerido pela presidente com reforma política e consulta popular foram bem recebidos.
Agora, o principal problema apresentado pelos entrevistados é a má gestão dos recursos da saúde, mas subiu sete pontos a taxa dos brasileiros favoráveis à contratação de médicos estrangeiros proposta pelo governo. Com a ação, Dilma descolou a imagem do poder Executivo do Congresso, que enfrenta ampla reprovação.
A aprovação da presidente é de mais de 40% entre os menos escolarizados e mais pobres, mais ainda fica abaixo de 30% entre os mais ricos e os mais instruídos. Nos municípios com menos de 5 mil habitantes, mais de 50% aprovam a presidente. Já nas cidades com mais de 500 mil habitantes, a aprovação cai para 37%.
(MSN)