Palmas atinge pela segunda vez a temperatura mais alta do ano
O calor está marcando a rotina dos moradores de Palmas (TO) nos últimos dias e o problema não está somente na temperatura, mas na sensação de abafamento. De acordo com o meteorologista, José Luiz Cabral, por volta das 15h desta segunda-feira (16), a temperatura registrada em Palmas era de 39 graus, com umidade relativa do ar de apenas 22%, quase entrando no nível de alerta da Defesa Civil. E no domingo (15), segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia, a temperatura chegou a 39,9 graus atingindo a máxima do ano pela segunda vez. A mesma temperatura foi registrada no último dia 28 de agosto.
Segundo Cabral, nesta época do ano, uma massa de ar seco predomina na região central do Brasil. Esta massa inibe a entrada de umidade e a formação de nuvens de chuva, deixando o clima seco e este é um dos fatores que aumentam a sensação de abafamento. A sujeira no ar é outro problema. De acordo com o meteorologista, a massa de ar seco já provoca naturalmente nebulosidade e ela aumenta com a fumaça das queimadas na capital e no entorno. “É muito fácil ver poeira e outras partículas de sujeira no ar. Isso causa uma sensação ruim. É só sair na rua pra ver pessoas espirrando e com os olhos vermelhos”, explica Cabral.
(Foto: Fabrício Soveral/G1)
As queimadas aumentam a sujeira em suspensão. Por volta das 16h30 desta segunda-feira (16), o Corpo de Bombeiros de Palmas já havia atendido sete ocorrências de incêndios na capital.
A massa de ar seco chegou a ser quebrada na semana passada e até choveu em alguns pontos da capital. “No domingo a massa voltou e, como a temperatura estava mais amena, o calor está sendo mais sentido”, destaca o meteorologista.
Cabral ainda relata que a temperatura em Palmas deve aumentar em outubro, podendo chegar aos 42 graus.
Sol vermelho
No final da tarde deste domingo (15), quem estava em Palmas e olhou para o sol, viu o astro em um tom bastante avermelhado, o que aumentou ainda mais a sensação de calor. De acordo com o professor de física do IFTO, Ademar Paulo Junior, a tonalidade é causada por um fenômeno óptico. Como a poeira está em suspensão e há muitas partículas na atmosfera, os raios de sol refratam e se dispersam. “O comprimento de onda dos raios é alterado quando eles encontram as partículas de poeira” explica o físico.