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Casas de Acolhimento em Araguaína recebem crianças em situação de risco

Divulgação
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As crianças que estão em situação de risco ou vulnerabilidade têm que ter um acompanhamento e um acolhimento especial para elas, para que possam ter a sua dignidade resgatada e ter novamente um convívio familiar. Em Araguaína, região Norte do Estado, há duas Casas de Acolhimento, uma mantida pela Prefeitura e outra pela Associação Beneficente Ágape. Todas as duas casas tem acompanhamento da Justiça, por meio da Vara da Infância e Juventude, e do Ministério Público Estadual.

Casa Ana Caroline Tenório
A Casa de Acolhimento mantida pela Prefeitura é a Casa Ana Caroline Tenório, criada em maio de 2008, e recebe crianças encaminhadas pelo Conselho Tutelar e pelo Poder Judiciário que se encontram em situação de risco. Atualmente estão acolhidas nove crianças entre 10 meses a 17 anos.

Estas crianças são vítimas de violências domésticas e abuso sexual e precisam de todo um carinho, atenção e também um acompanhamento de profissionais, como psicólogos e assistentes sociais, para que possam esquecer do trauma que passaram e resgatar a sua dignidade, além de promover um retorno ao convívio familiar.

A diretora de Proteção Social Especial, Núbia Marinho, explica que as crianças que estão atualmente na Casa Ana Caroline apresentam casos variados. “Geralmente os pais são usuários de drogas e infelizmente requerem atenção especial e medidas protetivas que garantam a segurança de cada uma delas”, explica.

De acordo com a diretora, a Casa oferece uma equipe multidisciplinar que acompanha as crianças diariamente, sendo psicólogo, assistente social, pedagoga, terapeuta ocupacional e uma coordenadora que é responsável pelo andamento das ações.

Casa Menina dos Olhos de Deus
A Casa Menina dos Olhos de Deus foi criada há cerca de um ano, sendo uma instituição mantida pela Associação Beneficente Ágape e parceiros que contribuem com a unidade. A ideia de cria uma Casa Lar partiu do Pastor Amilson de Freitas Lopes, que viu a necessidade de ter uma casa que acolhesse meninas que estavam em situação de risco ou abandono familiar.

O Pastor procurou com a Missão Cristã Mundial, que tinha um modelo de casas voltado para este objetivo, e conseguiu apoio e suporte para instalar a Casa em Araguaína. Amilson explica que é um trabalho independente e destaca que a casa não é de passagem e sim um lar para estas meninas que não tinham mais outra oportunidade de crescerem. Acolhem meninas de 0 a 18 anos e as preparam para a vida.

Todo um trabalho foi feito para que a Casa fosse implantada na cidade. De acordo com o Pastor, uma casa foi alugada e estruturada para receber as meninas, foi feito um trabalho de capacitação e qualificação para o casal que fica cuidando delas e também um acompanhamento médico e psicológico para as meninas, além de uma assistente social.

“O nosso trabalho é totalmente na base do voluntariado. Aqui temos o casal que é para elas seriam os pais, que dão atenção, carinho, mas também mostra a responsabilidade de cada uma delas. Aqui é como se fosse o núcleo familiar que tentamos resgatar e mantê-las neste convívio sadio e também espiritual, porque elas também um acompanhamento espiritual”, explica.

Atualmente, a Casa tem três adolescentes e outras três estão com famílias acolhedoras e estão em processo de adoção para serem encaminhadas para as famílias adotivas. A capacidade da Casa é de atender 14 meninas.

(Portal O Norte)