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Terceira carta encontrada ameaça de morte juiz, promotor e diretor do Presídio Barra da Grota

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Após o Presídio Barra da Grota, em Araguaína, receber reforço de mais 17 integrantes do Grupo de Operações Táticas Especiais da Polícia Civil (Gote), mais uma carta é encontrada na unidade prisional.

Desta vez, a carta, que foi localizada durante vistoria em uma das celas do Seguro, contém ameaça de morte ao promotor que atua nas 1ª e 2ª Varas Criminais, Benedito Guedes, o juiz da Vara de Execuções Penais, Antônio Dantas de Oliveira Júnior, e ao diretor do presídio, Wanderlan Rufino.

De acordo com os primeiros relatos, o documento, que traz também a numeração 1533, que identifica uma facção criminosa, diz: “vamo mostra quem manda aqui”. Ainda conforme a carta, “há pessoas do lado de fora do presídio que vão ajudar na fuga dos presos”.

O diretor Presídio Barra da Grota, Wanderlan Rufino, confirmou a existência da carta. “Já encaminhamos para as autoridades do Estado, para que seja analisada a veracidade. Este tipo de ameaça é normal acontecer e corre-se o risco. O reforço continua”, disse.

Já o promotor Benetido Guedes, preferiu não falar sobre o assunto, mas disse que a carta está sob investigação sigilosa.

Em nota, a Secretaria de Defesa Social informou que ainda não foi identificado o autor e que entende que a suposta carta é uma tentativa de desestabilizar a ordem no local.

CT tentou contato com o juiz da Vara de Execuções Penais, Antônio Dantas de Oliveira Júnior, mas até o fechamento desta matéria não teve sucesso.

Alerta
No dia 11 de setembro deste ano, o CT trouxe a discussão da suposta instalação do Comando Vermelho nos presídios do Estado entrevistanto o promotor de Justiça, de Araguaína Benedito Guedes.

Na época, segundo ele, há fortes indícios da instalação do grupo Comando Vermelho (CV) no Tocantins. “Temos documentos que podem evidenciar a possível instalação do crime organizado no Estado. É necessário que haja uma investigação “rápida”, alertou o promotor.

Segundo o promotor, assaltos a bancos e tráfico de drogas em grande quantidade são sinais “fortíssimos” da presença da organização.

Reunião
No dia 9 de outubro, o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tocantins (GMF) realizou uma reunião para traçar metas para sanar os problemas do sistema penitenciário do Tocantins.

Na época, o secretário de Defesa Social, Nilomar dos Santos Farias, admitiu que há tentativas pontuais de instalação de comando nos presídios do Estado. “Em Araguaína, a tentativa está mais evidente nos últimos dias. Estamos com 17 homens a mais dentro da unidade para reforçar a segurança. Estamos fazendo varredura, revistas e restabelecendo a normalidade dentro da unidade”, garantiu.”, enfatizou.

Em relação ao bilhete encontrado no dia 8 deste mês, em uma das celas do Barra da Grota, o secretário disse que seria feita uma perícia grafotécnica na assinatura.

O bilhete, que apresenta o número 1533 que faz alusão a uma facção criminosa, foi assinado pelo preso Ademir Prestes dos Santos, 25 anos. Ele é suspeito de participar das mortes de Welkes Paulo de Oliveira, 27 anos, e Arthur Rodrigues dos Santos, 19 anos, que ocorreu dentro da unidade.

Já o juiz e coordenador do GMF, Esmar Custódio Vâncio Filho, que também estava presente na reunião, disse que separar os presos definitivos dos provisórios pode ser uma ação para sanar a insegura nos presídios. “Esta medida evitaria que os definitivos sejam professores dos presos que estão entrando no sistema carcerário. A criação de vagas é uma necessidade urgente e o Estado sabe desta carência” comentou o juiz.

Leia a íntegra da nota da Secretaria de Defesa Social
“Sobre carta encontrada na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota, em Araguaína, a Secretaria de Defesa Social destaca que ainda não foi identificado o autor, e que o trabalho de investigação está sendo realizado.

A Secretaria entende a suposta carta como uma tentativa de desestabilizar a ordem no local, o que não será permitido pelo governo do Estado. Todos os procedimentos de segurança prosseguem reforçados na Unidade”
(Cleber Toledo)