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Produtores protestam contra a redução no preço do litro de leite

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A redução de quase 30% no valor do leite é motivo de um protesto que começou neste domingo (24), na região do povoado Garimpinho, próximo a Araguaína, e continua nesta segunda-feira (25). Cerca de 100 produtores de seis assentamentos fecharam a estrada com manilhas, para impedir o tráfego de veículos que transportam o leite.

Os produtores reclamam que os laticínios reduziram o preço do litro de leite de R$ 0,90 para R$ 0,65. “Simplesmente falou que o leite baixou em todos os lugares e a gente sabe que isso não é verdade”, disse a produtora Marinete Paula.

Manilhas foram colocadas para impedir tráfego de veículos de laticínios (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Manilhas foram colocadas para impedir tráfego de
veículos de laticínios
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

No domingo, dois caminhões-tanques e quatro camionetes fretadas pelos laticínios para transportar o leite ficaram presas. Os produtores exigiam a presença dos representantes das empresas.

A região produz mais de oito mil litros de leite por dia e o produto é vendido para quatro laticínios, de Araguaína e Palmeirante. “Ninguém negocia, está um preço só. Eles combinaram, entre eles quatro, e não tem nenhum que paga um centavo a mais”, reclama o produtor Gilson Fernandes.

Edvaldo da Silva, como os demais produtores, vende o leite direto na porteira de sua propriedade. Ele não leva o produto para o tanque de resfriamento, por causa do custo, mesmo assim, comercializar na porta de casa tem gerado prejuízo. “Tudo que nós vamos comprar no comércio, para consumir na propriedade, aumentou o valor, nada caiu o valor. São insumos para o gado, alimento até mesmo para a família e nós dependemos do leite, nós vivemos do leite, não temos outra renda.”

Conforme o produtor Valdeci Barbosa Lima, o protesto continua nesta segunda-feira. Eles liberaram os veículos e o leite voltou para o tanque. “Está do mesmo jeito, está tudo parado. Estamos agora em outro ponto para impedir o caminhão de outro laticínio”, explica. Representantes das empresas não estiveram no local.

(G1)