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“Nosso maior problema na saúde pública é falta de recursos”, diz secretário

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Após as considerações dos vereadores com questionamentos relativos à situação da saúde pública no município, foi a vez do secretário municipal de Saúde, Carlos Zandoná se pronunciar sobre a discussão.

Falta de recursos
Um dos principais focos do debate girou em torno da precariedade no atendimento à população. Zandoná reconheceu que existem muitas falhas a serem corrigidas, e destacou que uma das principais dificuldades pra tornarem efetivas as ações na saúde, seria de ordem financeira.

Pouco antes do secretário se pronunciar, o vereador Gerônimo Cardoso (PSDB), destacou como ineficiente a administração dos recursos da pasta. “Como pode a saúde no município estar um caos? Recurso a Secretaria tem de sobra!”, disse o vereador.

Em resposta, Carlos Zandoná, argumentou: “apesar de ter recursos sobrando, isso não significa que a Secretaria pode administrar do jeito que quiser, porque os recursos são pré-determinados para serem utilizados em áreas específicas, nós não podemos simplesmente pegar um recurso de medicamentos, por exemplo, e transferir para outro setor”.

Contrato com a Pró-Saúde
Questionado em entrevista coletiva à imprensa sobre existir a possibilidade de assim como no Estado, o município desfazer o contrato com a Pró-Saúde, o secretário é taxativo em afirmar que não. “O contrato com a Pró-Saúde terminará em outubro e não vejo a princípio razão para esse acordo ser desfeito, as conseqüências seriam graves e quem pagaria por isso seria a população que necessita de um serviço eficiente” e completa “Agora a recontratação da Pró-Saúde, será decidida pelo próximo prefeito”.

Atraso na entrega de exames
Sobre o atraso na entrega de exames, Zandonar justifica afirmando que a demanda do município é muito maior do que os recursos disponíveis. “Nós gastamos hoje R$ 79 mil reais por mês com exames laboratoriais e fazendo um cálculo, percebemos que para atender com eficiência a população, precisaríamos de pelo menos R$ 150 mil reais, infelizmente não podemos desviar a finalidade de recursos de outros setores pra atender a essa necessidade”.

Medicamentos vencidos
Sobre a denúncia de medicamentos vencidos, o secretário afirma que a insulina, vem doada do Estado e como ainda não teria conhecimento de quando estes medicamentos chegaram na Secretaria, ele iria averiguar a situação para poder esclarecer. Sobre esse assunto, Zandoná adianta que será aberto um inquérito administrativo para punir os responsáveis.

Falta de profissionais
O secretário também reconheceu a falta de profissionais para atender a população e questionado sobre a possível contratação de mais médicos para atender especialidades, ele afirma que já está tomando providências e destacou mais uma vez que a falta de recursos seria um dos empecilhos para a contratação: “Temos consciência das dificuldades mas está difícil conseguir contratar tantos profissionais”.

Abertura da segunda UPA
Durante seu discurso Zandoná afirma também que uma das soluções que poderia aliviar a demanda no atendimento da população, seria a abertura da segunda Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, localizada no setor Couto Magalhães, e mais uma vez, o secretário cita a falta de recursos como um empecilho: “Para equiparmos hoje a segunda UPA, precisamos de aproximadamente R$ 400 mil reais, além disso, R$ 465 mil para manter os serviçospra isso, temos R$ 175 mil de recursos provenientes do Ministério da Saúde, mais R$ 87 mil e quinhentos do governo do Estado e também mais 87 mil e quinhentos do Município, o que ainda seria insuficiente. Mas já vamos nos mobilizar pra conseguir que o Ministério aumente o repasse para que possamos concretizar o funcionamento efetivo da unidade”.

Providênicas
Sobre estas e as demais cobranças feitas pelos vereadores, Carlos Zandoná, que assumiu recentemente a pasta em virtude da saída de Eduardo Medrado, analisou como positivo o debate e garantiu que buscará resolvê-las da melhor forma possível.

(PortalOnorte)