Sintet se reúne com Governo do Estado mas não chegam em acordo; sindicato garante que a greve vai continuar
Na tarde dessa segunda-feira, 31, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) se reuniram com representantes do Governo do Estado mais não entraram em acordo.
Em nota encaminhada ao Portal O Norte, o Sintet informou que o Governo não melhorou a proposta e considerou um abuso pelo sindicado, em conceder a equiparação entre PRONO e Programa de Avaliação da Educação Básica (PROEB) parcelada em três vezes, com retroação do tempo funcional, a partir de Janeiro de 2015, janeiro de 2016 e janeiro de 2017. A categoria decidiu em assembleia geral que não aceita o parcelamento do retroativo da progressão do edital de 2012 em seis vezes a partir de maio. Além disso, o Governo não aceita incluir na revisão do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR), e nem a eleição para diretor de escola.
A única reivindicação aceita pelo Governo foi à concessão da Data Base com o pagamento para 1º de Maio, do período de outubro de 2013 a abril de 2014.
Durante a reunião, o Governo apresentou dados econômicos da arrecadação estadual e do comprometimento com o pagamento da Folha. Porém, não conformado Nilton Pinheiro, diretor do SINTET e membro da Comissão de Revisão do PCCR, afirmou “todos sabem que o governo gasta a torto e a direito, basta exemplificar o caso da contratação de um secretário à distância para a pasta da cultura, além do inchaço da folha da educação com contratos especiais em substituição de efetivos que são alocados em funções administrativas muitas vezes sem necessidades ou concedidos com ônus à origem para outros órgãos”.
Sem negociação, o secretário da Administração Lúcio Mascarenhas, abandonou o encontro e ainda se recusou em entregar a proposta por escrito para a categoria e ainda afirmou que só entregaria se a categoria suspendesse a greve e voltasse imediatamente ao trabalho, o que foi considerado uma afronta aos dirigentes que esperavam uma negociação.
Mesmo com a liminar que declarou a greve ilegal, sob pena de multa, cortes de pontos e outras ameaças, a categoria continua firme e forte na greve. José Roque, presidente do Sintet, afirmou que recorrerá da decisão, pois “a decisão liminar afirma que há um franco processo de negociação e que 90% da pauta foi atendida, é mentira, vamos provar isso e mostrar pra sociedade que esse Governo é contra a Educação”, afirmou.