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PT reforça tese de “golpe político” e diz que renúncia tem por objetivo “perpetuar, a todo custo, o siqueirismo no poder”

Divulgação
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A renúncia do governador e vice do Tocantins provocou reações diversas no povo e nas instituições. Muitos defendem a tese de “golpe político” para privilegiar um projeto político familiar de Siqueira Campos, que é criar condições jurídicas para que Eduardo Siqueira seja candidato ao Governo.

A Direção Regional do Partido dos Trabalhadores (PT Tocantins), divulgou documento neste sábado (5) em que manifesta repúdio aos atos de renúncia. Para a sigla, “trata-se de um golpe político que aprofunda a crise institucional vivida pelo Estado, provocada neste momento, por aqueles que deveriam honrar o compromisso assumido de governar o Estado por quatro anos”.

O partido assegura que o gesto do agora ex-governador e do ex-vice-governador, longe de ser uma demonstração de “amor” pelo Tocantins, é um gesto de desrespeito ao povo tocantinense e às instituições democráticas de direito. É um gesto de quem se considera acima da democracia e de quem coloca os interesses pessoais acima dos interesses da coletividade. “Esta atitude expõe, mais uma vez, o nosso Estado a um cenário de instabilidade política, semelhante ao ocorrido em 2009, quando tivemos um governador e um vice-governador cassados e um outro eleito por voto indireto. Se naquele momento buscava-se cumprir a determinação da justiça, hoje tal manobra tem como única finalidade assegurar, a todo custo, que o “siqueirismo” perpetue no poder”.

Ato ilegal e imoral

O Partido dos Trabalhadores disse que não aceita o discurso de que as são legais, e ainda que seja um ato legal, é imoral. Segundo o documento, a conjuntura arquitetada, e em construção, precisa ser derrotada pelo povo tocantinense que detém o poder de definir os rumos políticos e administrativos do nosso estado.

Descaso do Governo

Conforme o PT, apesar do PIB do tocantinense crescer com índices comparados aos da China, nosso povo sofre com uma saúde desmantelada, uma educação precarizada, sem segurança, com os servidores públicos desvalorizados e por isso fazem greves e pela total ausência de uma política de inclusão social.

O PT conclui afirmando que não compactua com esse modelo de governo e nem com o golpe que está em curso. “Não ficaremos em silêncio diante de tamanha afronta a democracia. Somaremos aos homens e as mulheres de bem para combatê-los nas ruas e nas tribunas da casa do povo”, garante.

Eleições indiretas

O ex-governador Siqueira Campos já transmitiu oficialmente o cargo ao presidente da Assembleia, Sandoval Cardoso. Ele agora terá 30 dias para convocar eleições indiretas, onde apenas os deputados têm direito a voto.

Para disputar o pleito, o PT apresentará a candidatura de Paulo Mourão. Segundo o partido, a candidatura visa “assegurar que haja um  debate qualificado com a sociedade sobre o momento que vivemos, e a necessidade de romper com esse  modelo de  política atrasada, que envergonha nosso Estado, denunciando as mazelas e a falta de compromisso em enfrentar e solucionar os problemas vivenciados pela nossa gente”.

(AF Notícias)