Greve dos servidores compromete atendimento básico no norte do TO
A greve dos servidores da saúde dura 17 dias e a paralisação está comprometendo o atendimento básico na cidade em Araguaína, região norte do Tocantins. Com a paralisação também do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o número de ocorrências clínicas atendidas pelos bombeiros aumentou em 50%.
“Essa é mais uma vertente do trabalho do bombeiro e com esse aumento querendo ou não há, sim, um maior desgaste da tropa, porem nós estamos trabalhando e planejando para estar conseguindo atender da melhor forma possível a todos”, afirma o capitão do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros, Marcelo Marinho.
Um outro problema é a dificuldade no atendimento em algumas unidades de saúde. Em um dos posto de saúde localizado no setor Jardim Palmeira do Norte os pacientes encontravam salas de vacina e farmácia fechada.
atendimento nos postos de saúde
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Um desse casos é o do cadeirante e aposentado Aparecido Eloi que foi no posto de saúde e não conseguiu se vacinar contra febre amarela e tétano. “Fui agora no último dia 15 e não encontrei ninguém para realizar a vacinação. Os profissionais da saúde estão de greve e a gente queria uma posição sobre isso. Entendo os problemas, mas quem acaba sofrendo é a população”, afirma o aposentado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araguaína(Sisepar), Carlos Guimarães, a ausência dos funcionários irá ser verificada pelo sindicato. “Se eles não estão no movimento ou no posto de saúde ou em qualquer local que eles têm que cumprir horário que é de origem do trabalho desses funcionários serão punidos”, afirma.
Ainda segundo o presidente quem participa da greve precisa assinar uma lista de presença e a lei exige que pelo menos 30% dos funcionários continuem nas funções.“Se o pessoal não está cumprindo nós temos como provar. Temos esse controle interno, pois quem está aqui tem que assinar duas vezes a lista de presença”, destaca.
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Mesmo com a decisão liminar que determina que os dias não trabalhados serão descontados os mais de dois mil servidores continuam com a paralisação na frente a sede do sindicato durante o horário de expediente.
Entre as reinvindicações dos servidores estão: a conclusão do Plano de Cargos Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores do quadro geral, saúde, administrativo e educação, o pagamento retroativo da data-base 2013, o repasse de incentivos financeiros aos técnicos e condutores do Serviço de Atendimento Móvel de urgência (Samu) e o retorno da insalubridade e periculosidade.
(G1)