Menor acusada de atear fogo em ex diz que intenção era dar um ‘susto’
Dar um susto no ex e na atual namorada. Essa foi a justificativa que a menor de 17 anos deu ao delegado Douglas Lima, que a ouviu acompanhada da mãe, na quarta-feira (6), no Hospital Geral de Palmas(HGP), onde permanece internada. A adolescente é suspeita de atear fogo no ex, Carlos Roberto Santana Júnior, de 18 anos, e na atual namorada dele, Marcela Macedo Pires, de 22 anos, em Miranorte, no dia 30 de julho. Os três ficaram feridos.
Segundo o delegado, a menor contou que teria “bebido muito” no dia e que queria apenas passar um susto no novo casal de namorados. Ela teria procurado álcool para comprar, mas não achou, então foi a um posto de combustíveis da cidade e comprou R$ 5 de gasolina, que foi colocada em uma garrafa de refrigerante de um litro e meio.
(Foto: Elisangela Farias/G1)
Ainda conforme Lima, a adolescente disse que assim que começou a pegar fogo, saiu correndo pela rua e teria ligado para o ex-namorado para dizer que “não queria fazer aquilo”. Ela relatou também que chamou uma outra pessoa para acompanhá-la, mas a moça teria desistido, já que é maior de idade.
Além da adolescente, Carlos Júnior foi ouvido pelo delegado. Ele contou que estava em casa e escutou a ex-namorada bater na porta com um pedaço de pau dizendo: “Se você não abrir você vai ver”. Então o jovem teria vestido um short e quando abriu a porta, foi surpreendido por ela que jogou gasolina no rosto dele.
A adolescente teria continuado a jogar a gasolina pela casa, em uma motocicleta e em Marcela. Ela teria tentado acender o isqueiro várias vezes.
Segundo o delegado, a menor teve ferimentos na perna e em um braço e Carlos na região da barriga. Todos continuam internados e Marcela permanece na UTI. Conforme o HGP, as famílias da adolescente e de Marcela não autorizaram passar informações sobre o estado de saúde das pacientes.
O delegado afirma que vai ouvir outras pessoas, dentre elas, as que estavam com a menor no dia. Além disso, ele está aguardando os laudos [perícia e corpo delito] para finalizar o inquérito e encaminhar ao Ministério Público Estadual.
(Foto: Elisangela Farias/G1)