Presidente do Igeprev falará à CPI na próxima terça; “quadrilha vai ter que dar conta do dinheiro roubado”, diz Aragão
Está marcada para a próxima terça-feira, 26, às 15 horas, a presença do atual presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado (Igeprev), Francisco Flávio Sales Barbosa, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Igeprev na Assembleia Legislativa (AL). A convocação foi realizada pela CPI após solicitação do deputado estadual Sargento Aragão (Pros). O parlamentar também foi o autor do pedido de instalação da CPI. A Comissão investiga as aplicações financeiras e denúncias de verbas do Igeprev.
Rombo
Sargento Aragão já havia estimado um rombo de mais de R$ 300 milhões feitos nos cofres públicos. Entre ele está a liquidação extrajudicial da empresa Diferencial Corretora de Títulos e Valores, por parte do Banco Central. A empresa administrava cerca de R$ 150 milhões do Fundo Previdenciário, o que corresponde a 5% do saldo estimado dos R$ 2,5 bilhões do fundo.
Uma auditoria feita no Igeprev no início de 2013 demonstrou outra face cruel da administração do patrimônio. De cerca de R$ 3 bilhões do instituto, o Igeprev tinha aplicado no FI Onix RF LP o equivalente a R$ 272 milhões e 740 mil. Sendo que o Igeprev é o único cotista deste fundo.
No balanço patrimonial do Igeprev em junho de 2012, consta como valor total de aplicações o montante de R$ 2.111.614.287,39. No DAIR (Demonstrativo das Aplicações e Investimentos dos Recursos), foram informados R$ 2.392.851.334,82. Uma diferença, portanto, de R$ 281 milhões. Para justificar, o Igeprev teria informado aos auditores que era uma imposição da Secretaria da Fazenda e que R$ 175.571.201,64 referiam-se a previsão de perdas.
Confronto
“Vou confrontar o atual presidente do Igeprev [Francisco Flávio Sales], e ele vai ter que nos informar realmente o que aconteceu com os investimentos do Instituto. Precisamos saber na verdade quando, quanto e como investiu e se esse investimento já rendeu e o que rendeu. Eles vão ter que dizer o que aconteceu com esse dinheiro que é dos servidores”, afirmou Aragão.
Quadrilha do Igeprev
Aragão apontou ainda que a “quadrilha do Igeprev” vai ter que dar conta do dinheiro roubado do Instituto. “Vão ter que dar conta do dinheiro dos servidores do Tocantins. Não quero nem saber quem e em qual época fez o desvio dos recursos dos nossos servidores, vai ter que dar conta desse dinheiro”, destacou.