Jovem confunde local de prova em Palmas e fica fora do Enem

O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Tocantins começou de forma tranquila. O movimento foi intenso na porta dos locais de prova, mas mesmo assim poucos problemas foram registrados. No Colégio Militar de Palmas, um dos 24 lugares onde o exame é realizado na capital, apenas uma aluna ficou sem fazer a prova. Thalita Luthielle Pereira, de 18 anos, veio do Pará e confundiu o Colégio Castro Alves, onde deveria realizar o exame, com o colégio militar.

Ela mora na capital a pouco tempo e já cursa direito em uma faculdade. O Enem era apenas uma forma de adquirir mais conhecimento. Apesar da confusão deste sábado (8), ela ainda pretende realizar o exame no domingo (9), quando são feitas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias, além da redação.

Algumas histórias chamaram a atenção enquanto os candidatos esperavam a abertura dos portões. A servidora pública Leilia de Cássia, de 35 anos, resolveu prestar o Enem para poder ajudar os filhos quando eles forem fazer a prova. Ela tem quatro crianças e quer cursar direito. Ela já chegou a fazer um ano do curso quando tinha 19 anos, “Eu precisei abandonar porque uma de minhas filhas era especial e eu precisava cuidar dela. Ela morreu há algum tempo, então resolvi voltar”.

A menina não resistiu a doença, mas a história deu força a Leilia. Ela se preparou sozinha, estudando em casa nos intervalos entre o horários de trabalho e os cuidados com os filhos. O Enem vai ser um grande desafio para ela, que estava tão nervosa que nem conseguiu comer antes de ir para a prova.

Outro caso que chamou atenção foi o de Elias Bueno, de 21 anos. Ele se esqueceu da caneta preta e precisou pedir uma emprestada a um amigo. Apesar da concorrência, a solidariedade falou mais alto e ele pode entrar na prova com tranquilidade. Elias já cursa engenharia de produção em uma faculdade particular, mas quer mudar de curso e se candidatar ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Apesar dos poucos problemas registrados, algumas pessoas que se atrasaram e nem desceram dos carros quando viram os portões já fechados. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela aplicação do Enem, ainda não divulgou os dados de abstenção por estado.