Laticínio instalado em Araguaína é interditado por causa de mau cheiro
Um laticínio instalado em Araguaína, no norte do Tocantins, foi interditado na tarde desta terça-feira (9), depois de uma vistoria técnica que constatou irregularidades no tratamento dos resíduos industriais que provocavam mau cheiro, contribuindo para a emissão de poluentes no ar. A fiscalização foi realizada por uma equipe da Secretaria Municipal do Planejamento, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia de Araguaína.
Segundo a prefeitura da cidade, a empresa já havia sido notificada e multada em R$ 40 mil por estar poluindo o ar com mau-cheiro e mesmo assim o problema continuou. O secretário municipal do Planejamento, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Bruno Rangel Cesar, explicou que essa nova vistoria foi feita depois que moradores da região norte da cidade, onde o laticínio está instalado, alegaram estar incomodados e preocupados com o problema.
Na última sexta-feira (5) vários moradores de bairros vizinhos foram até a frente do laticínio protestar contra o mau cheiro que tem incomodado a população ha vários anos. “A comunidade não suporta mais esse mau cheiro. Esse fedor é pela manhã cedo, meio-dia e a noite, não tem horário mais. O comércio está sofrendo muito com isso”, contou o comerciante Audenê Mesquita.
O superintendente de Meio Ambiente, Fabrício Rodrigues, disse que o estabelecimento deve ficar fechado até a conclusão das adequações. “Fizemos uma fiscalização voltada para o sistema de tratamento [dos efluentes] da empresa e foram encontradas algumas irregularidades. Em virtude disso o laticínio foi interditado”, explicou.
Para reabrir as portas e retomar as atividades, a empresa precisa readequar as instalações e sanar a emissão de poluentes no ar. De acordo com a prefeitura, a interdição é válida em 24 horas contadas a partir da data da vistoria. O prazo foi concedido para que não haja prejuízo da matéria-prima já em utilização no estabelecimento e ainda possibilitar que o estoque seja retirado do local.
O laticínio foi notificado oficialmente sobre a decisão. Caso não cumpra as determinações, o estabelecimento ficará sujeito a novas multas, entre outras penalidades legais. Nenhum representante da empresa foi encontrado para comentar o assunto.
(G1)