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Greve dos vigilantes bancários preocupa comerciantes de Araguaína; Aciara pede acordo “mais rápido possível”

20150117105755_greve16115A Associação Comercial e Industrial de Araguaína (Aciara) se disse “profundamente preocupada” com as consequências que a greve dos vigilantes, iniciada no último dia 15, está trazendo para a economia do município. Devido à paralisação da categoria, os bancos estão impedidos de prestar atendimento aos correntistas.

Para o presidente da entidade, Manoel de Assis Silva, os transtornos são incalculáveis. “O problema começa com a própria rotina dos comerciantes, que precisam do banco para inúmeras transações financeiras. Há também a impossibilidade de renegociação de dívidas, novos empréstimos para investimentos, entre outras ações. E a população como um todo também perde porque fica impossibilitada de sacar dinheiro e efetuar outras ações para consumir no comércio”.

A Aciara disse que respeita o direito constitucional de greve da categoria, mas oficiará o sindicato patronal das empresas de segurança privada para que busquem o acordo o mais rápido possível. “Vamos também solicitar aos bancos que participem mais ativamente das negociações porque todos estão perdendo nesta situação”, completa Manoel.

Transtornos

Segundo a Associação, entre as dificuldades mais comuns a serem enfrentadas está a impossibilidade de depósitos e isso acarreta sérios riscos de cheques sem fundos. “Também será impossível pagar títulos de valores maiores porque as lotéricas têm limites de recebimento”, reforça o presidente. Há ainda o risco de assaltos já que os comerciantes estão sendo obrigados a reter dinheiro nas lojas.

Ainda de acordo com a Aciara, financiamentos e limites de crédito já estão bloqueados e os caixas eletrônicos, quando acabarem os recursos, certamente não serão reabastecidos com dinheiro, já que as empresas de transporte de valores também foram atingidas pela greve.

Greve

Desde a última quinta-feira (15), todas as agências bancárias do Estado estão fechadas em virtude da paralisação dos vigilantes. A categoria reivindica melhoria salarial e no auxílio-alimentação, implantação do plano de saúde e odontológico e demais melhorias nas condições de trabalho.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Vigilância no Estado do Tocantins (Sintvisto), o Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp) fez uma contraproposta de aumento de R$ 0,75 no auxílio alimentação e 2% nos salários. A categoria rejeitou a proposta alegando que o que foi ofertado está abaixo da inflação de 6,5% em 2014.

Pela Lei Federal 7.102/83, que dispõe sobre a vigilância privada em instituições financeiras, os bancos ficam proibidos de contratar uma segurança particular que não seja de vigilantes devidamente capacitados e treinados, fiscalizados pela Polícia Federal.

(AF Notícias)