Em cinco meses, clínica médica é assaltada três vezes em Palmas
Uma clínica médica em Palmas foi assaltada pela terceira vez em cinco meses. O furto aconteceu nesta quinta-feira (9). O dono do estabelecimento, o oftalmologista Marcos Cunha, disse que colocou câmeras e alarmes na tentativa de coibir a ação dos criminosos, mas os recursos não foram suficientes. O médico ainda contou que teve problemas na hora de registrar ocorrências e reclamou de um problema recorrente nas delegacias do Tocantins: a falta de estrutura. “Eu não tenho nenhuma segurança, eu pago um imposto caríssimo e não vejo nada em troca”.
clínica médica, na capital
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Nas imagens gravadas pelas câmeras do circuito, é possível ver quando o assaltante chegou no local. Ele pegou um pedaço de pau e quebrou a porta de vidro da clínica. Depois, vasculhou a recepção em busca de dinheiro, não encontrou e levou aparelhos celulares e um computador.
Os furtos trouxeram à tona um problema nas delegacias do estado. “Na primeira vez em que aconteceu isso [o furto], no final do ano passado, nós não tínhamos carro de polícia. Os carros foram tomados deles e o pessoal chegou aqui quase no dia seguinte para fazer a ocorrência”, reclamou o médico.
A falta de estrutura é uma realidade nos distritos policiais. Em uma unidade da Polícia Civil, na região sul da capital, os policiais que estavam em greve desde o dia 25 de fevereiro, voltaram ao trabalho na última segunda-feira (6), mas a delegacia está sem delegado de plantão. Cerca de 40% das ocorrências de Palmas acontecem na área, mas as viaturas há meses não circulam por causa da falta de manutenção.
delegacias do Tocantins
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Em relação à greve da Polícia Civil que durou 41 dias e a quantidade de ocorrências que deixaram de ser registradas, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO) disse que “a polícia está intensificando as investigações e os inquéritos também já estão em andamento”.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o último contrato feito para a locação de viaturas foi na gestão passada e terminou em dezembro de 2014, com uma dívida de R$ 9 milhões. O órgão também informou que abriu processo licitatório para solucionar o problema. Quanto à ausência do delegado na unidade, a SSP disse que devido ao défict de delegados em todo o estado os profissionais precisam ser realocados para suprir as necessidades em todas as regiões. A assessoria de comunicação da unidade lembrou ainda que há um concurso em andamento e que irá suprir a falta de servidores.
(G1)