Quadrilha com atuação no TO movimentou cerca de R$ 500 milhões em dois anos; PF apura ligações com terroristas
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (26) uma operação com o objetivo de combater e desarticular organização criminosa que atuava no comércio ilegal e na exportação massiva, de minérios e pedras preciosas. Foram cumpridos mandados no Tocantins e mais seis Estados.
A corporação começou a investigar a quadrilha há dois anos, após receber denúncia de que integrantes vendiam urânio, material radioativo, para grupos extremistas, que estariam ligados a ações terroristas. Essa questão ainda é apurada pelos policiais, mas a suspeita é que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 500 milhões.
Cerca de 200 policiais federais, de várias regiões do pais, deram cumprimento simultâneo a cerca de 58 medidas judiciais, sendo 10 mandados de prisão temporária, 19 de busca e apreensão e 29 conduções coercitivas nos estados de Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Pará, Pernambuco e Tocantins.
Conforme a Polícia FEderal, a organização criminosa é formada por duas células: uma que atua fortemente na comercialização ilegal de pedras preciosas, composta em sua maioria por empresários do ramo e pequenos comerciantes de joias, e uma outra que seria composta por autônomos e pequenos empresários que comercializariam, mediante fraude, títulos da dívida pública e moeda estrangeira, em transações financeiras envolvendo bancos venezuelanos.
Os investigadores suspeitam que a movimentação com moedas e títulos estaria vinculada aos processos de lavagem de dinheiro do grupo criminoso.
A PF identificou que o minério e as pedras preciosas seguiam uma rota que passava por Portugal, Bélgica e Israel, tendo como destino final Dubai.
Os investigados responderão por crimes que vão desde a usurpação de matéria-prima da União a crime de formação de organização criminosa, dentre outros crimes correlatos.
A operação foi batizada com o termo SOLDNER, que faz referência a mercenários para quem o valor do dinheiro é capaz de suprimir os próprios valores morais.
(AF Notícias)