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Tocantins registra 817 casos de Aids e 317 de HIV em cinco anos

12295695_1073358142698882_593671494_oNesta terça-feira (1º) é lembrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids e os dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) mostram um aumento nos casos de pessoas infectadas com o vírus HIV nos últimos cinco anos. Conforme o estudo feito pela secretaria, nesse período foram registrados 817 casos de Aids e 317 de HIV em todo o Tocantins.

O levantamento mostra que no ano passado 247 pessoas foram contaminadas pelo vírus HIV e 163 foram diagnosticadas com a Aids.

Para o coordenador da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS, Henrique Ávila, esses dados representam um aumento expressivo da contaminação no estado. Segundo ele, isso tem acontecido porque o combate deixou de ser uma prioridade das autoridades.

“O Fórum ONG Aids Tocantins é o colegiado estadual que trabalha com a temática. Essas ONG’s realizam trabalhos em escolas, locais de prostituição e encontros voltados às populações vulneráveis. Mas quando o combate do HIV/Aids deixa de ser prioritário e as políticas públicas são elaboradas de forma vertical, sem o apoio e consulta da sociedade civil, deixa de gerar informações adequadas e positivas”, explica.

Dados da Sesau mostram que 247 pessoas foram infecctadas com o HIV em 2014 (Foto: Divulgação/Sesau)Dados da Sesau mostram que 247 pessoas foram
infectadas com o HIV em 2014
(Foto: Divulgação/Sesau)

Cerca 62% dos casos de HIV e 70% de Aids, concentram-se na faixa etária entre 20 e 39 anos. Para Ávila, o governo não difunde meios de conscientização que podem ajudar as pessoas que foram expostas ao vírus se prevenir.

“Hoje se você se expõe em uma situação de risco, pode receber a profilaxia pós-exposição, que consiste em tomar um medicamento em até 72 horas, durante 28 dias. Isso pode evitar que a pessoa seja infectada pelo vírus HIV, mas o governo não difunde, os municípios muito menos e em alguns lugares do Tocantins, nem preservativos são distribuídos”, afirma.

Henrique fala que o preconceito ainda é grande, mas afirma que as pessoas podem mudar esse cenário. Ele ressalta a importância de se usar métodos preventivos como a camisinha. “A maior arma que temos para usar contra o preconceito é a informação. Usar preservativos e outros meios de prevenção são os mais eficazes. Para controlar essa epidemia [de Aids], somente com investimentos reais nas políticas públicas.”

O Fórum Tocantinense de ONG’s Aids e Hepatites Virais realizará durante o Dezembro Vermelho diversas atividades como testagens, palestras e discussões sobre prevenção. A Sesau também vai realizar um debate sobre Religião e Aids no dia 15 de dezembro, no Teatro Coluna Prestes, na Praça dos Girassóis, em Palmas.

(G1)