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Casos de microcefalia em investigação sobre relação com zika param de crescer no Tocantins; Brasil chega a 2.975 ocorrências

36ef111bc4bac70ad94a703ab9b39b01O número de crianças com microcefalia em fase de avaliação sobre possível relação com o zika no Tocantins se manteve nos mesmos 49 divulgado no dia 22, conforme informou a Secretaria da Saúde (Sesau) nesta quarta-feira, 30. Esta foi a primeira vez que o Estado deixou de apresentar crescimento dos casos em investigação desde a publicação de boletins periódicos da doença. Até o momento, não foi confirmada nenhum ocorrência que tenha ligação com o vírus transmitido pela Aedes aegypti.

O número de crianças com microcefalia em investigação sobre a relação com o vírus zika vinha crescendo no Tocantins. No primeiro relatório, divulgado no dia 30 de novembro, o Estado registrou 12 casos sendo apurados. Já no dia 8 de dezembro, o Ministério da Saúde apontou a existência de 29 episódios da doença no Estado. No dia 15 o número subiu para 40.

Balanço
A Secretaria da Saúde também apresentou ao CT levantamento de casos dos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. De acordo com a pasta, em 2015 foram notificados 418 casos suspeitos de zika. Deste total, foram confirmados apenas seis. Em relação a dengue, o governo do Estado alega ter recebido notificação 17.928 ocorrências, tendo 5.875 confirmados.

País
O Ministério da Saúde divulgou na terça-feira, 29, o último boletim epidemiológico do ano sobre microcefalia. Os dados foram copilados até o dia 26 de dezembro. Até o momento, foram notificados 2.975 casos suspeitos da doença em recém-nascidos de 656 municípios de 20 unidades da federação. Também estão sendo investigados 40 óbitos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus Zika.

O maior número de casos foi registrado em Pernambuco, com 1.153, o que representa 38,76% dos casos de todo o País. O estado foi o primeiro a identificar aumento de microcefalia no país. Em seguida, estão a Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (129), Maranhão (94) e Piauí (51).

Entenda
Transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre deste ano, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, no dia 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.

A microcefalia não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.

(Cleber Toledo)