Símbolo do Tocantins, Palácio Araguaia completa 25 anos
Símbolo do Tocantins, o Palácio Araguaína, em Palmas, completa 25 anos nesta quarta-feira (9). Um dos cartões postais da cidade, o lugar guarda memórias e a ajuda a contar a história do estado.
Um sonho que virou realidade no meio do cerrado. “Mais ou menos na metade da Praça do Girassóis havia uma cerca. Era um pasto cercado, tinha gado. Aqui era uma colina, uma elevação que se destacava nessa região”, explica o arqueite Walfredo Antunes de Oliveira Filho.
Da sede de criação de um estado para a sede de um governo.
“A ideia de colocar o Palácio e outros prédios na parte mais alta, remonta à história antiga. Colocar, realmente, o exercício de poder numa posição de destaque”, diz o arquiteto.
Um espaço de 14 mil metros quadrados para receber o país inteiro e começar uma nova história administrativa. A história do Tocantins. Os arcos simbolizam bem isso.
“É como uma homenagem à arquitetura tradicional do Tocantins. A catedral de Porto Nacional, de Natividade têm esses arcos.”
Um jovem de 25 anos, mas com personalidade, experiência e muitas histórias para contar. Ao longo desse tempo, seis governadores passaram pelo Palácio Araguaia. Do prédio, que virou símbolo do Tocantins, saíram as principais decisões que trouxeram o estado mais novo do Brasil até o momento atual.
Registros
Do olhar do fotógrafo Thenes Pinto nasceram muitas memórias do Palácio Araguaia. São tantas recordações, que às vezes transbordam. “Não tem coisa melhor para mim que retornar a história. Chego até a me emocionar às vezes”
Quando toca o passado do Palácio, o fotógrafo se reencontra o próprio passado. “Eu cheguei a dormir no Palácio porque não tinha como voltar para casa, não havia ônibus. O palácio para mim foi uma segunda casa. Eu passava o dia todo no local.”
Por isso que o fotógrafo participou de momentos inesquecíveis, como a instalação do primeiro poste na avenida Theotônio Segurado. Entre os incontáveis cliques, tem aquele preferido.
“Foi uma das primeiras fotos que eu fiz do Palácio. Ainda tinha fazendas que o gado ia comer na frente do Palácio. Isso para mim é histórico. É lindo demais.”
Orgulho
Outra pessoa que também participou de quase toda essa história foi a copeira Maria José dos Santos.
“Para mim é uma honra, não tem nem explicação. Quantas pessoas que lá fora querendo vir trabalhar no Palácio. É o cartão postal do estado.”
Quem está na correria, no vai e vem, pode nem perceber, mas foi o Palácio que sempre serviu à Maria.
“Quando eu vim para cá, eu tinha a quarta série. Fui trabalhando, estudei e hoje tenho orgulho de dizer que tenho o ensino médio.”
O Palácio Araguaia também ensinou para ela que café e política nunca se misturam. “A política é para os outros. O cafezinho é comigo mesmo.”
Gratidão
No ramal da Superintendência de Administração e Finanças, mais uma servidora com 20 anos de casa. É a recepcionista Marciléia Alves Araújo Silva Vieira.
“Trabalhei nos serviços gerais 12 anos. Depois trabalhei no protocolo e em seguida fui para o apoio, onde estou há cinco anos.”
Outra vida transformada pelo Palácio. “Tudo que eu tenho é devido ao trabalho aqui e eu sou grata por isso.”
Reencontro
Para celebrar o aniversário do Palácio Araguaia, nada melhor que um reencontro depois de 25 anos. O empresário Henrique Fragata e o carro dele estavam na Praça dos Girassóis no dia da inauguração do prédio.
“Era um sábado, estava chovendo. Dentro tinha um carpete. As pessoas pisavam na terra e depois no piso. É gratificante saber que o Tocantins e Palmas deram certo e que eu faço parte dessa história.”
O encontro entre os três não acontecia desde aquele 9 de março de 1991. “Esse carro voltou aqui depois de 25 anos. O máximo que ele cruzou foi a antiga pista, que era aqui em torno do Palácio.”
O Palácio Araguaia do Tocantins. O estado que acolheu o Brasil em casa. “Aqui é o ponto zero, ponto de partida. Nós, tocantinenses de coração, de todas as cidades e estados do país escolhemos esse marco, que é o Palácio Araguaia para fazer a nossa vida e ser feliz.”