Fã que foi morto após ameaçar Ana Hickmann é velado em Juiz de Fora. Entenda o crime
O corpo de Rodrigo Augusto de Pádua, morto em um hotel de Belo Horizonte após ameaçar a apresentadora Ana Hickmann, está sendo velado no Cemitério Municipal de Juiz de Fora, de acordo com o cunhado dele, Luiz Eduardo de Olievira Vieira. No perfil que Rodrigo mantinha no Instagram, todos os posts eram relacionados à apresentadora, a quem o fã dizia amar.
O corpo chegou a Juiz de Fora, onde Rodrigo morava com os pais, por volta das 17h. A previsão inicial da família era de que o sepultamento ocorresse ainda na tarde deste domingo, mas houve atraso no translado do corpo. A expectativa é de que o sepultamento seja realizado na manhã desta segunda-feira (23), mas o horário ainda não foi divulgado pela família.
Rodrigo foi morto neste sábado (22) em um hotel na Região Centro-Sul de Belo Horizonte depois de ameaçar a apresentadora e os cunhados dela. A assessora para moda Giovana Oliveira, foi baleada na confusão. Gustavo – que é irmão do marido de Ana Hickmann, Alexandre Correa – é suspeito de atirar no fã durante uma luta. A Polícia Civil vai investigar o caso como legítima defesa.
Rodrigo morava com os pais em Juiz de Fora e, de acordo com o cunhado Luiz Eduardo de Oliveira Vieira, era um rapaz tranquilo. “É uma situação muito difícil, é alarmante. Ele disse que iria para Belo Horizonte para conhecer a cidade. Ele era muito carinhoso com a mãe, ficava na dele. Não tinha anomalia no comportamento. Tudo aconteceu de supetão”, contou.
De acordo com o advogado da família de Ana Hickmann, Maurício Benfica, a apresentadora e o marido já retornaram para São Paulo. Já Gustavo permanece em Belo Horizonte para acompanhar a mulher Giovana.
Ainda segundo Benfica, Giovana passou por uma cirurgia e está se recuperando. Ainda será avaliado a necessidade de outra operação, conforme o advogado. Neste domingo, o Hospital Biocor não divulgou boletim sobre o estado de saúde da assessora. No sábado, a unidade informou que o quadro dela era estável.
Fascínio por Ana Hickmann
No perfil que Rodrigo mantinha no Instagram, todos os posts eram relacionados à apresentadora, a quem o fã dizia amar. “Descobrimos essa quantidade de informação há um tempo pequeno”, disse o cunhado do suspeito, Luiz Eduardo de Olievira Vieira.
O irmão de Rodrigo Augusto de Pádua, Helisson de Pádua, chegou ao hotel no início da noite deste sábado e, muito emocionado, falou sobre o irmão. Segundo ele, foram descobertas mensagens de Rodrigo onde ele dizia que se correspondia por textos com a apresentadora. Helisson contou que, ultimamente, o irmão estava mais recolhido ao quarto.
O delegado de Homicídios Flávio Grossi disse que a família de Rodrigo Augusto de Pádua sabia do fascínio do jovem pela modelo.
O crime
O fã, que estava hospedado no mesmo hotel que a apresentadora, rendeu Gustavo e o obrigou a ir até o quarto de Ana, onde também estava Giovana.
Gustavo e Ana Hickmann prestaram depoimento na noite deste sábado, na Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte. Segundo o delegado, Rodrigo foi morto com três tiros, dois na nuca e um no braço. A arma, um revólver calibre 38, estava com a numeração raspada.
O delegado contou a mesma versão contada no Boletim de Ocorrência da Polícia Militar. Após render Gustavo, Rodrigo obrigou o empresário, Ana e Giovana a ficarem de costas. Gustavo resistiu. O fã, então, disparou a arma, atingido dois tiros em Giovana, um no ombro e outro na barriga.
Após os tiros, Gustavo começou a lutar com Rodrigo e mandou a apresentadora e Giovana deixarem o quarto. As duas foram ajudadas pelo cabeleireiro e maquiador Júlio Figueiredo, da equipe da modelo. Rodrigo foi desarmado e baleado durante a briga.
O capitão Flávio Santiago, chefe da sala de imprensa da Polícia Militar, disse em entrevista coletiva que o próprio cunhado da apresentadora entregou a arma na recepção do hotel e pediu para que chamassem a polícia.
“Ele [Gustavo] atesta que, nesta luta corporal, há os três disparos, ele vê que o cidadão cai ao solo. Ele pega a arma, desce de imediato e entrega esta arma para a portaria do hotel e avisa ‘Olha, tem um cidadão lá, que atentou contra a nossa vida, chama a polícia”, disse capitão Santiago.
(G1)