Dá problema usar camisinha do tamanho errado? Entenda os riscos
Seja para impressionar o par ou para massagear o ego, não adianta comprar o maior preservativo da farmácia: usar a camisinha de um tamanho que não corresponde ao do pênis pode fazer o sexo virar dor de cabeça.
No Brasil, os modelos tradicionais de camisinha têm, por padrão, 52mm de largura -o que costuma ser suficiente para a maioria dos homens.
Será que não é exagero?
Quando alguém opta por uma proteção extragrande sem necessidade acaba correndo o risco de uma gravidez indesejada. “Quando o preservativo é maior do que a espessura do pênis, ele fica frouxo e pode vazar”, explica Ralmer Rigoletto, sexólogo e membro diretor da Cepcos (Centro de Estudos e Pesquisas em Comportamento e Sexualidade).
Foca no maior
Por outro lado, camisinhas muito menores do que o pênis também tornam o sexo arriscado: se a largura do preservativo for menor do que o necessário, ele pode estourar. E nada de tentar alargar o produto com as mãos antes do uso: as chances de danificar o látex são grandes. Para estes casos é que são feitos os tamanhos maiores, que têm de 54mm a 56mm, geralmente.
Nem todo mundo é padrão
Mas e se o modelo tradicional ficar grande? Rigoletto explica que em alguns casos, mesmo os preservativos no tamanho padrão não servem no órgão sexual masculino. Para piorar, os modelos menores, comumente chamados de “teen” são mais difíceis de encontrar. “É uma restrição, na verdade. Quem tem o pênis com espessura menor que 52mm é uma pessoa que está correndo riscos”, afirma.
Conclusão: os homens adultos sentem-se constrangidos por ter que comprar uma camisinha menor. “Imagino que o ideal seria ter a espessura marcada com letras maiores, em vez de mudar a embalagem por causa disso, com o teen” ou “adulto”, acredita o sexólogo.
Desenrola!
Seja padrão, teen ou extragrande, o comprimento para todos os modelos normalmente ultrapassa o necessário, até como critério de segurança. Isso porque é importante desenrolar a camisinha por todo o pênis. Rigoletto chama a atenção para o fato de alguns homens deixarem de fazer isso, só para terem um pouco de contato de pele com pele. Esse comportamento traz dois perigos: o preservativo pode escapar e o homem se expõe às doenças sexualmente transmissíveis.
Não dê mancada
Na hora H, um dos erros mais comuns é deixar de tirar o ar da ponta do preservativo. Dessa forma, ele pode formar uma bolsa de ar e estourar. Unhas e dentes (principalmente para quem usa aparelho ortodôntico) também podem acabar rasgando o látex da camisinha, então é preciso ter atenção na hora de manipulá-la.
(UOL)