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Pais fazem campanha para realizar cirurgia de coração do filho de quatro meses

 Pietro Barros Fontini, com apenas quatro meses já luta pela vida. Ele, que nasceu de parto normal no Hospital Maternidade Cristo Rei, em Palmas, dia 1º de setembro de 2016, às 3h55, pesando 4,2 quilos, medindo 53 centimentros e aparetemente esbanjando saúde, foi diagnosticado com cardiopatia congênita, conhecida como Defeito do Septo Atrioventricular Total (DSAV), que é uma má formação que acontece nas primeiras semanas de gestação; e também como portador da síndrome de down.
As estatísticas médicas orientam que mesmo nos casos menos complexos a cirurgia do coração deve acontecer nos primeiros 12 meses de vida, quando aumenta muito as chances de recuperação da criança.

Os pais não têm plano de saúde e nem condição financeira de arcar com as despesas, então decidiram fazer uma campanha para arrecadar o valor para custear a operação do bebê. “O valor orçado somente para cirurgia e internação hospitalar fica acima de R$ 80 mil, sem contar os custos de viagem e hospedagem. Não importa o valor que você possa contribuir, porque com a soma de nós todos com certeza conseguiremos salvar o coração de Pietro”, afirmou o corretor de imóveis, Roberto Fontini, 47 anos, pai do menino.

Ele fez questão de citar um provérbio judaíco que diz que a maior felicidade do homem é poder dar e nunca pedir. “Sempre experimentamos essa felicidade da partilha, mas agora, somos nós que precisamos da sua ajuda”, reforçou.

Disgnóstico
Fontini contou que a cardiopatia e a síndrome de down foram descobertos somente depois do nascimento de Pietro. “Fomos informados quando da primeira consulta de rotina ao pediatra, mais ou menos uns dez dias após o nascimento do meu filho. Durante o período de pré-natal não foi identificado nenhum problema”, relatou o pai.

Segundo ele, o Defeito do Septo Atrioventricular Total atinge o indivíduo de várias formas e o tempo determinado para o procedimento varia conforme o caso. “Existem crianças que tem a necessidade de serem operadas ainda no útero materno, e outras logo após o nascimento”, contou.

Cirurgia fora de Palmas
O procedimento, conforme o pai de Pietro, não será realizado em Palmas. “Quando fomos informados sobre o diagnóstico do Pietro, a doutora Dayane Fernanda nos apresentou a possibilidade de realização da cirurgia no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, por ser um centro de referência nesse tipo de cirurgia, e por ela já ter participado do corpo clínico daquela instituição, o que nos passou mais segurança”, justificou.

SUS
Fontini contou que deu entrada no Hospital Regional de Palmas para que o procedimento de Pietro fosse realizado por meio de o Sistema Único de Saúde (SUS). “Estamos na conhecida fila de espera, sem previsão de realização através do Serviço Único de Saúde. E tempo, nesse momento, é o que não temos. A fila de espera por uma cirurgia de alta complexidade é imprevisível e a demora pode ser fatal”, contou, lembrando que a cirurgia no hospital Pequeno Príncipe atende pelo SUS, mas, como a demanda é grande e devido a alta complexidade do procedimento não tem aceitado encaminhamento de outros Estados.