Em reunião com entidades, DPE diz que situação de Cariri “é a mais caótica” do TO
O Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã (CRSLA), em Cariri, foi apontado pela Defensoria Pública (DPE) como o presídio com a situação “mais caótica do Tocantins”. O alerta foi feito em reunião na tarde desta quinta-feira, 19, por uma equipe de defensores da Execução Penal em reunião com representantes do Tribunal de Justiça (TJTO), Ministério Público (MPE) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O encontro aconteceu na sala de reuniões do Tribunal de Justiça do Tocantins e contou com a presença dos defensores públicos Guilherme Vilela, Mônica Prudente Cançado, Danilo Frasseto Michelini, Letícia Amorim e Fabrício Brito, que atentaram para “acontecimentos trágicos e brigas” no interior do presídio, além de problemas graves quanto à infraestrutura, superlotação e falta de medidas de segurança.
De acordo com a defensora Mônica Prudente Cançado, que realiza vistoria semanalmente no presídio de Cariri, os presos do regime semiaberto foram novamente colocados em pavilhões junto com os do regime fechado, sob o argumento de que a medida seria necessária para garantir a segurança e a ordem no estabelecimento.
Mônica Prudente diz que já não existem mais celas no presídio e por conta disso ficam cerca de 100 presos em um só ambiente. “A crise já chegou ao Estado e o lugar mais vulnerável no Tocantins é o Cariri”, alerta. Conforme dados da Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça, o Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã conta com uma população carcerária de 419 presos, quando a capacidade legal é de 280.