O voo de galinha continua
Estimados leitores e leitoras! Como vocês estão? Como estão passando este período de quaresma? Estão prontos para a Semana Santa e a Páscoa? Para
os cristãos é o período do ano em que mais se dedicam ao sagrado. São realizados retiros espirituais, missas e os mais diversos cultos. É o período para reflexão dos nossos atos, atitudes e pensamentos. Por outro lado, a garotada quer saber é dos ovos de páscoa. As cores das suas embalagens fazem os olhos das crianças brilharem de desejo, sem dizer que dentro dela está uma das melhores iguarias que o ser humano já inventou. Na Sexta Feira Santa é dia de bacalhau, peixe e vinho, mas serve também, sardinha em lata e cachaça.
Mas como as comemorações da Semana Santa acabam na próxima segunda feira, então temos que voltar nossas atenções para o grande desafio brasileiro: seu desenvolvimento e crescimento. Quando olhamos para o passado econômico e social do nosso Brasil, observamos que seu crescimento e desenvolvimento não são constantes, assim como os voos de galinhas que conseguem avançar um pouco com certa velocidade, mas voltam rapidamente ao solo, porque sua vocação não são as alturas, mas sim o solo da terra onde ficam ciscando para traz em busca de alimentos.
O Brasil sempre apresentou voo de galinha no seu processo de desenvolvimento e crescimento. Nosso PIB – Produto Interno Bruto, uma hora esta nas alturas e em outra hora esta abaixo do solo e assim vamos caminhando sem acreditarmos em um futuro melhor.
Como pode um país que gasta quase metade do seu orçamento com pagamento de dividas e juros, ser levado á serio. Hoje a divida pública é de mais de 3 trilhões de reais ( RS 3.000.000.000,00 ). Pode isto, Arnaldo? A previsão para o ano de 2017 é que chegue à R$ 3.650.000.000,00. Bancos e investidores estrangeiros são os beneficiados. A classe média adquire uma pequena parcela dos papéis do Governo Federal. Quase a metade do que o país arrecada é destinada ao pagamento de juros e dividas. Daí, a falta de recursos para saúde, educação e segurança. Tem países que até devem mais do que o Brasil, mas suas dividas são planejadas e administradas para que não façam o povo sofrer.
Um país com esta dívida não tem como manter um sistema previdenciário do jeito que é o nosso. Quando o nível de desemprego aumenta, como esta acontecendo agora, quem está contribuindo com a previdência? As contas nunca vão fechar. Sempre o Brasil estará endividado, caso não mude sua estratégia de crescimento.
A oportunidade seria agora que nossa economia esta no fundo do posso. Se nossos políticos fizessem a reforma fiscal, a trabalhista, a previdenciária e a política, da forma como deveria ser feita, talvez pudesse melhorar o futuro do país e de sua população. Mas não vai acontecer nada de sério nessas reformas, porque o interesse político e a cultura política de nossos parlamentares não obedecem à lógica quando o assunto são os cofres do governo, para vão os impostos que nós pagamos.
Todo mundo fala de problemas na saúde, educação, segurança, estradas e tantas outras necessidades, mas esquecem, que os nossos grandes problemas
ainda é e serão a nossa divida pública e o nosso sistema previdenciário. Emitir títulos do tesouro para pagar o rombo na previdência é o caminho mais fácil, porém nossos filhos e netos estarão sujeitos a uma velhice de incertezas. As correções devem ser feitas agora porque depois será muito tarde.
Mas de que adianta estarmos falando disto, não é mesmo? Nossos políticos gostam mesmo é de fazer despesas e deixar a “viúva” pagar as contas das
Leis que eles fazem propondo mais e mais subsídios para os mais ricos e mais e mais impostos para nós pagarmos, os mais pobres.
Estamos vivenciando um período negro na nossa política, sem lideres, sem ideias, sem criatividade e sem esperança. Quando surgirá um grande líder no
nosso país para nos tirar deste abismo negro em que vivemos? É fácil fazer o povo consumir e se endividar mais. É o modelo constante e histórico em nosso
país, basta nos lembrarmos dos vários nomes que nossa moeda já teve. Foram tantos os zeros cortados da nossa moeda que eu nem lembro mais quais eram. Vamos tentar lembrar?
REAL: nome da moeda que vigorou no Brasil desde o início da colonização (1500) até 1942. CRUZEIRO: criado no governo do presidente Getúlio Vargas, em 5 de outubro de 1942. Ao criar o Cruzeiro, o governo realizou o corte de zeros e estabeleceu que cada Cruzeiro equivaleria a mil réis.CRUZEIRO NOVO: entrou em circulação em 13 de fevereiro de 1967, durante o regime militar. Circulou até 14 de maio de 1970. Durante sua implantação, o Cruzeiro perdeu três zeros. CRUZEIRO: voltou em 15 de maio de 1970, sem corte de zeros. CRUZADO: entrou em circulação em 28 de fevereiro de 1986, durante o Plano Cruzado no governo de José Sarney. Houve o corte de três zeros em relação ao Cruzeiro. CRUZADO NOVO: novamente, em função da inflação elevada, houve a criação de uma nova moeda e o corte de três zeros em relação a moeda anterior. Entrou em circulação em 16 de janeiro de 1989. CRUZEIRO: em 16 de março de 1990, durante o primeiro ano do Governo de Fernando Collor, a moeda retomou o nome de Cruzeiro. Nesta mudança não ocorreu corte de zeros. CRUZEIRO REAL: já em preparação para o Plano Real, o governo de Itamar Franco criou o Cruzeiro Real que entrou em circulação em 1 de agosto de 1993. Houve o corte de três zeros. REAL: moeda que entrou em circulação em 1 de julho de 1994, durante o Plano Real, implementado no governo de Itamar Franco. Os brasileiros tiveram que trocar a moeda antiga pela nova (2.750 Cruzeiros Reais por 1 Real). O Real (R$) é a moeda em circulação até os dias de hoje. Vai cortar zero assim lá na …(rsrs)
Não guardem dinheiro debaixo do colchão. Ele vai perder seu valor.
Feliz Páscoa.