Amastha, sobre a “velha política”: “Quanto mais se junta, mais o povo fica com ódio e vontade de derrotá-la”
Um dos nomes mais mencionados para a disputa pelo Palácio Araguaia em 2018, o prefeito Carlos Amastha (PSB), não afastou a possibilidade de se candidatar, mas destacou considerar prematuro debater as eleições neste momento. Em conversa com o CT, o personagem deste “Conversa da Segunda” falou da sua recuperação após cirurgia para retirar um tumor no intestino, exaltou a atuação da vice-prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) à frente do Paço quando esteve afastado e elencou o governador Marcelo Miranda (PMDB) como o postulante mais competitivo entre os pré-candidatos.
Apesar de destacar o favoritismo de Marcelo Miranda diante dos senadores também pré-candidatos Vicentinho Alves (PR), Ataídes Oliveira (PSDB) e Kátia Abreu (PMDB), a justificativa do prefeito para este cenário não foi das mais nobres. “Tem ainda compra de voto em Palmas e no Tocantins, tem o coronelismo, tem o assistencialismo, e o governo sabe fazer isso muito bem feito”, alegou ao CT. Entretanto, Carlos Amastha afirma que se houver um “fato novo”, uma “resposta à velha política”, como ele foi em Palmas e João Dória (PSDB) em São Paulo, não haverá espaço para os chamados políticos tradicionais.
Em relação a uma candidatura sua ao governo do Tocantins, Carlos Amastha disse que a possibilidade depende de “muitas coisas”. Entretanto, o prefeito garante que participará ativamente do processo eleitoral. “Vou fazer o impossível para chamar a consciência ao povo tocantinense como candidato ou como cabo eleitoral. Nós temos uma oportunidade histórica de mudar os rumos do nosso Estado em 2018”, disse. Em meio a este cenário, o gestor pessebista fez questão de elogiar a vice-prefeita. “Na minha falta, com certeza, Palmas estará bem servida”, garantiu.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do deputado federal Hildo Rocha (PMDB-MA) para garantir exclusividade a nativos nos cargos de senador, governador, vice-governador e o de ministro das Relações Exteriores também foi comentada pelo prefeito, que afirmou que a medida é patrocinada pelo deputado federal Carlos Gaguim (PTN) e por “mais alguns” congressistas. “Vou sair dando palestras mostrando como o medo de disputar a eleição, leva um ‘demente’ a propor uma alteração da Constituição Federal, de uma maneira absolutamente inconstitucional, e, o pior disso, contra todos os princípios dos direitos humanos e da discussão da construção de uma sociedade melhor”, afirmou.