Governadoráveis: candidatos apresentam propostas e recebem demandas do segmento industrial
Carta com as prioridades de atuação da indústria foi entregue aos candidatos pelo presidente da FIETO, Roberto Pires.
Os cinco candidatos ao Governo do Estado expuseram suas propostas a empresários presentes na 2ª edição do Encontro Político de Propostas para a Indústria com os Governadoráveis, evento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) na noite desta quinta-feira, 23/08, em Palmas.
Os pronunciamentos, de 10 minutos cada, foram pautados pela organização do evento para que fossem trabalhados temas prioritários para o segmento industrial, sendo eles: Educação, Gasto Público x Investimento Público, Corredor de Desenvolvimento Tocantins/Araguaia, Plano de Desenvolvimento Industrial, Financiamento de Pesquisa e Inovação e Energia. Também sobre estes temas foram sorteadas perguntas elaboradas pela FIETO e direcionadas para os candidatos Bernadete Aparecida (PSOL), Carlos Amastha (PSB), César Simoni (PSL), Marlon Reis (REDE) e Mauro Carlesse (PHS).
A abertura do evento contou com apresentação técnica da instituição seguida de pronunciamento do presidente da Federação, Roberto Pires, que discorreu sobre assuntos como excessos nos gastos públicos, necessidade de atração de capitais, em especial para agroindústria, burocracia, investimentos em infraestrutura, entre outros. “O Tocantins se firmou como um estado promissor, mas para que isso se torne realidade precisamos de política pública para atração de capitais, especialmente para a Agroindústria que é um segmento comprovadamente com grande potencial. O Governo precisa cumprir o seu papel. Precisamos equilibrar as contas do estado, voltar a investir em infraestrutura, diminuir a burocracia, promover segurança jurídica aos empresários que aqui estão”, cobrou o presidente Roberto Pires.
Os governadoráveis receberam a Carta da Indústria, documento que elenca sugestões e caminhos (eixos) para ampliar a competividade com sustentabilidade e adequar o ambiente econômico.
Carlos Amastha – Financiamento de Pesquisa e Inovação e Energia
“Falar em desenvolvimento econômico sem falar de pesquisa é impossível. Parcerias precisam ser feitas, principalmente com este Sistema que está tão focado no desenvolvimento da inovação. E tudo isso aplicado tanto ao sistema industrial, comercial, empresarial como um todo. A gente precisa fazer rapidamente essa virada, estamos perdendo tempo e competitividade a cada dia. A gente precisa viver esta nova realidade e entender que o estado tem que ser o indutor de todas as políticas”.
Bernadete Aparecida – sobre Educação
“O PSOL vai buscar ampliar o orçamento do estado para educação, atendendo principalmente o que a constituição oferece. A educação deve voltar a fomentar o pensamento crítico, propositivo, pesquisador desde muito cedo. Eu vejo que as crianças não aprendem matemática direito, física e química passam de ano sem saber…então o incentivo do PSOL para essa área é prover as escolas com profissionais de qualidade, investir nas carreias de educadores, principalmente da área de exatas, nos planos de carreiras, nos salários, nas jornadas de trabalho, isso é fundamental para nós”.
Márlon Reis – Plano de Desenvolvimento Industrial
“É preciso promover uma gestão neste segmento ouvindo diretamente os participantes, os interessados como a FIETO, as associações e sindicatos, não só patronais como também os trabalhadores. Não se trata de acolher sempre tudo, mas de planejar conjuntamente, inclusive expondo de forma transparente os limites do estado. E planejando etapas para que o que vier a ser acordado neste diálogo multilateral possa se transformar em realidade e transformar a realidade. Precisamos de um desenvolvimento industrial efetivo, a parti do campo, mas não só dele”.
César Simoni – Corredor de Desenvolvimento Tocantins/Araguaia
“A maioria dos investimentos de que se trata este tema vem da união federal. O que é preciso ser feito é investir em serviços neste corredor, principalmente na Belém Brasilia. Serviços que deem suporte a este trânsito que nós temos cortando o brasil de sul a norte. Melhorar as rodovias estaduais trazendo para o Tocantins dois batalhões de engenharia que farão com que se crie condições para os investidores de que escoamento da produção seja mais barato mais viável tornando mais competitiva esta produção no mercado nacional”
Mauro Carlesse – Gasto Público x Investimento Público
“Já estamos trabalhando, tanto é que nós reduzimos 4% em relação a despesas. Nós temos um plano para chegar ao próximo quadrimestre já dentro da lei de responsabilidade diminuindo, reestruturando, negociando, fazendo alguns ajustes internos para que a gente consiga cada vez mais, diminuir nossas despesas. Na infraestrutura nós estamos fazendo obras que deem neste momento condições de fazer com que este estado tenha pelo menos uma situação melhor nas estradas. De 2% como investimento, vai passar a ter 15%”.