EUA advertem que darão ‘resposta significativa’ caso diplomatas americanos ou Guaidó sejam ameaçados
Os Estados Unidos advertiram Nicolás Maduro de que qualquer violência e intimidação contra os diplomatas americanos que ficaram na Venezuela, a Assembleia Nacional ou contra o líder opositor Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente interino do país, receberá uma “resposta significativa”.
O Conselheiro de Segurança Nacional americano, John Bolton, afirmou no domingo (27) que qualquer “intimidação” seria “um grave ataque ao Estado de Direito”.
Any violence and intimidation against U.S. diplomatic personnel, Venezuela’s democratic leader, Juan Guiado, or the National Assembly itself would represent a grave assault on the rule of law and will be met with a significant response. 2/218.8K2:02 PM – Jan 27, 2019Twitter Ads info and privacy10.9K people are talking about this
A declaração de Bolton acontece dias depois de vários países reconhecerem Guaidó como presidente interino da Venezuela.
Guaidó, eleito presidente da Assembleia Nacional, declarou-se o presidente interino em 23 de janeiro durante grandes manifestações que aconteceram na quarta-feira (23) em Caracas, a capital do país. No mesmo dia, Maduro anunciou o rompimento das relações políticas com os Estados Unidos e deu um prazo de 72 horas para que os diplomatas americanos deixassem o país.
As autoridades norte-americanas não acataram a determinação de Maduro, por não reconhecê-lo mais como presidente. Porém, decidiram tirar do país a equipe diplomática considerada “não essencial”.
Isso porque, segundo o governo chavista, há a necessidade de se atender “trâmites migratórios e outros temas de interesse bilateral, com estrito apego ao direito internacional em caso de ruptura”.
Visita da ONU e mais protestos
No domingo, Guaidó solicitou uma visita da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet. O líder da oposição também convocou novos protestos para quarta-feira (30) e sábado (2).
Adido militar rompeu com Maduro
Um adido militar da Venezuela nos Estados Unidos rompeu com o governo de Nicolás Maduro no sábado. O coronel Jose Luis Silva, que integra a delegação venezuelana nos EUA, afirmou que apoia Juan Guaidó como presidente interino.Maduro x Guaidó: o que favorece cada lado
O rompimento com Maduro foi anunciado de dentro da embaixada da Venezuela em Washington. De lá, ele pediu eleições “livres e justas”, em meio a uma crise na Presidência venezuelana.