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Sintet, Sinpol e Sisepe reagem à reforma de Carlesse: ‘os servidores foram tapeados’

Após o Governo do Estado anunciar a reforma administrativa, os principais sindicatos que representam os servidores públicos criticaram duramente as medidas anunciadas e apontaram ‘contradições’ no discurso do governador Mauro Carlesse antes e depois das eleições.

O ponto mais polêmico da reforma é a suspensão das progressões, gratificações, indenizações e ressarcimento de despesa aos servidores pelo prazo de 30 meses. Tudo sob a promessa de enquadrar o Estado à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e deixar a máquina pública “mais leve, ágil e eficiente”.

Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet), é ‘inadmissível’ anular direitos dos servidores garantidos em lei.

Não vamos concordar com o não pagamento das progressões e dos retroativos. O Governo precisa é cumprir com os direitos atrasados, mesmo porque foi esse mesmo Governo que ano passado, em pleno período eleitoral, publicou as progressões e anunciou intenção de pagar, tapeando os servidores públicos”, disse o presidente do Sintet, José Roque Santiago.

Por sua vez, o Sindicato dos Servidores Públicos (Sisepe) também afirmou que não vai aceitar que esses direitos sejam ‘desrespeitados’ e conversará com o Governo para entender em detalhes como será a aplicação da medida na prática.

Após entender as implicações de forma minuciosa da medida, vamos avaliar se as mudanças atingem direitos dos servidores públicos, sendo o caso, vamos discutir mudanças com a gestão estadual”, explicou o presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro.

Já para o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), a reforma ataca diretamente os direitos adquiridos ao longo dos anos pelos servidores públicos, causando “instabilidade aos trabalhadores e ao seu planejamento financeiro”.

O sindicato também afirmou que a medida contradiz o discurso de campanha do governador Carlesse, “demonstrando desrespeito” com os policiais civis, ‘peças fundamentais na engrenagem da administração pública’.

“Não podemos aceitar tamanho desrespeito com os servidores públicos”, disse o presidente do Sinpol, Ubiratan Rebello.

O sindicato ainda convocou todos os policiais civis e convidou os demais servidores públicos para uma manifestação na Assembleia Legislativa contra a aprovação da medida.

Se aprovada, o Sinpol anunciou que ingressará com a ação judicial pertinente para derrubá-la.