‘A gente está passando dificuldade’, diz mãe de criança com mais de 80 fraturas
“A gente esta passando dificuldade’. Foi o que disse Soreane Nunes. Mãe de uma menina que não consegue andar por causa de uma doença rara, a mulher conta que há 1 ano e 4 meses deixou de receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Governo Federal. Sem o dinheiro, que é a única renda da casa, ela não consegue comprar todos os medicamentos e alimentos necessários para a menina, que já sofreu 89 fraturas.
A doença de Ana Gláucia é a osteogênese imperfeita, conhecida popularmente como ‘ossos de vidro’. Diferente das crianças da mesma idade, a garota só pode ficar deitada e sentada. Ela tem direto de receber o BPC, que é destinado às pessoas com deficiência física, mas a renda foi cortada ainda em 2017.
Soreane cuida da filha sozinha e conta que precisa precisa viajar com a criança a cada dois meses para fazer acompanhamento em Brasília (DF), já que o tratamento para a doença não é oferecido no Tocantins.
O benefício tem o valor de um salário mínimo e é com ele que as despesas com a menina são custeadas. “É uma renda que é destinada para comprar alimentos para ela, fraudas, para manter a despesa com medicações, porque a Ana usa bastante medicações, e é de extrema importância”, explica.
Sem o dinheiro, a mãe conta que se vira como pode. “A gente faz campanhas, arrecada roupas, caçados, para fazer bazar e estar tirando pelo menos o [dinheiro] de pagar o tratamento, as viagens.
O outro lado
Em nota, a gerência do INSS informou que o benefício de Ana Glaucia foi suspenso porque a renda por pessoas da família é maior do que o permitido por lei, que é 1/4 do salário mínimo. Ainda segundo o INSS, o pai da criança declarou ser microempreendedor individual com renda de R$ 1,2 mil.
A mãe de Ana Glaucia diz que está separada do pai da garota e não conta com a renda informada por ele. O INSS disse que vai analisar a situação.
Mãe cuida sozinha da filha com ‘ossos de vidro’ — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Fonte: g1 tocantins