Dívida pública tem alta de 0,38% e sobe para R$ 3,99 trilhões em julho
A dívida pública federal em títulos, que inclui os débitos do governo dentro do Brasil e no exterior, registrou aumento de 0,38% em julho, para R$ 3,993 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (28). Em junho, a dívida somava R$ 3,977 trilhões.
O crescimento da dívida em julho está relacionado com as despesas com juros, que somaram R$ 23,59 bilhões, uma vez que houve resgate líquido de títulos no período (retirada de papeis superou as emissões) no valor de R$ 8,38 bilhões.
Esse último fator atuou para a queda da dívida em julho, e compensou em parte os gastos com juros.
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Ou seja, para pagar por despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
Em todo ano passado, a dívida pública teve aumento de 8,9%, segundo números oficiais. A expectativa da Secretaria do Tesouro Nacional é de uma nova alta em 2019, podendo chegar a quase R$ 4,3 trilhões no fim do ano.
Dívidas interna e externa
Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como externa.
- Dívida interna: foi registrada alta de 0,52% em julho, para R$ 3,846 trilhões.
- Dívida externa: resultado da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, contabilizou uma queda de 3,19% no em julho, para R$ 146,85 bilhões.
Compradores
Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna registrou queda em julho.
No mês passado, os não residentes detinham 12,31% da dívida total, o equivalente a R$ 473 bilhões, contra 12,34% do total da dívida interna em junho (R$ 472 bilhões).
Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás de:
- fundos de previdência (R$ 998 bilhões, ou 25,97% do total);
- fundos de investimento (R$ 972 bilhões ou 25,29% do total);
- instituições financeiras (R$ 873 bilhões, ou 22,72% do total).
Fonte: g1