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Abiy Ahmed Ali, primeiro-ministro da Etiópia, ganha Nobel da Paz 2019

O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, ganhou o Nobel da Paz 2019 por sua iniciativa decisiva para resolver o conflito de fronteira com a vizinha Eritreia, no leste da África. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (11), em Oslo, na Noruega.

Em estreita cooperação com o presidente da Eritreia, Isaias Afwerki, o premiê rapidamente elaborou os princípios de um acordo para acabar com o longo impasse “sem paz, sem guerra” entre a Etiópia e a Eritreia.

Abiy Ahmed, de 43 anos, assumiu o cargo de premiê da Etiópia, em abril de 2018.

Primeiro-ministro da Etiópia vence Prêmio Nobel da Paz

Primeiro-ministro da Etiópia vence Prêmio Nobel da Paz

Como primeiro-ministro, Abiy Ahmed “procurou promover a reconciliação, a solidariedade e a justiça social”. Ele iniciou importantes reformas que “dão a muitos cidadãos a esperança de uma vida melhor e de um futuro melhor”.

O Comitê do Nobel também reconhece com esse prêmio todos que trabalham pela paz e reconciliação na Etiópia e nas regiões leste e nordeste da África.

Logo depois do anúncio, o governo etíope anunciou que o país está orgulhoso pelo prêmio.

Premiê etíope, Abiy Ahmed (centro), de mãos dadas com o presidente da Eritreia, Isaias Afwerki,  falam ao público na capital da Etiópia — Foto: Mulugeta Ayene/APPremiê etíope, Abiy Ahmed (centro), de mãos dadas com o presidente da Eritreia, Isaias Afwerki,  falam ao público na capital da Etiópia — Foto: Mulugeta Ayene/AP

Premiê etíope, Abiy Ahmed (centro), de mãos dadas com o presidente da Eritreia, Isaias Afwerki, falam ao público na capital da Etiópia — Foto: Mulugeta Ayene/AP

O vencedor receberá um prêmio de 9 milhões de coroas suecas (R$ 3,72 milhões).

O Comitê Nobel registrou neste ano 301 candidaturas, sendo 223 pessoas e 78 organizações. A lista de indicados é mantida em segredo, mas existe muita especulação em torno da escolha. Criada pelo industrial sueco Alfred Nobel, o inventor da dinamite, a premiação foi concedida pela primeira vez em 1901.

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BREAKING NEWS:
The Norwegian Nobel Committee has decided to award the Nobel Peace Prize for 2019 to Ethiopian Prime Minister Abiy Ahmed Ali.

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Ethiopian Prime Minister Abiy Ahmed Ali has been awarded this year’s for his efforts to achieve peace and international cooperation, and in particular for his decisive initiative to resolve the border conflict with neighbouring Eritrea. @AbiyAhmedAli

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Veja os vencedores de 2019

Literatura: Olga Tokarczuk ganhou o prêmio referente ao ano de 2018, quando a academia cancelou a premiação após um escândalo sexual. Já Peter Handke levou o deste ano.

Química: John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino foram premiados pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio.

Física: James Peebles, suíços Michel Mayor e Didier Queloz foram premiados por suas contribuições para a compreensão do universo e pela descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar que orbita uma estrela semelhante ao Sol.

Medicina: William Kaelin, Gregg Semenza e Sir Peter Ratcliffe ganharam o prêmio pelo estudo sobre como as células detectam e se adaptam à disponibilidade de oxigênio.

O ganhador na categoria Economia será conhecido na segunda-feira (14).

Últimos ganhadores do Nobel da Paz

2018: ex-escrava sexual do grupo extremista Estado Islâmico Nadia Murad e o médico Denis Mukwege ganharam o prêmio pela luta contra o uso do estupro como arma de guerra.

Os vencedores do prêmio Nobel da Paz, o médico congolês Denis Mukwege e a yazidi Nadia Murad, ex-escrava de extremistas, posam com suas medalhas de vencedores do Nobel da Paz 2018, em cerimônia em Oslo, na Noruega — Foto: Haakon Mosvold Larsen/NTB Scanpix via APOs vencedores do prêmio Nobel da Paz, o médico congolês Denis Mukwege e a yazidi Nadia Murad, ex-escrava de extremistas, posam com suas medalhas de vencedores do Nobel da Paz 2018, em cerimônia em Oslo, na Noruega — Foto: Haakon Mosvold Larsen/NTB Scanpix via AP

Os vencedores do prêmio Nobel da Paz, o médico congolês Denis Mukwege e a yazidi Nadia Murad, ex-escrava de extremistas, posam com suas medalhas de vencedores do Nobel da Paz 2018, em cerimônia em Oslo, na Noruega — Foto: Haakon Mosvold Larsen/NTB Scanpix via AP

2017: A Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (Ican, sua sigla em inglês) foi premiada por chamar a atenção para as consequências catastróficas do uso de armas nucleares e pelos seus esforços inovadores para conseguir a proibição do uso dessas armas.

2016: Juan Manuel Santos, então presidente da Colômbia, conquistou o prêmio pelo esforço de pacificação do país. Naquele ano, o governo conseguiu fechar um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) após uma guerra civil que já durava mais de 50 anos.

Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia, em imagem de arquivo — Foto: AP Photo/Ronald ZakJuan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia, em imagem de arquivo — Foto: AP Photo/Ronald Zak

Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia, em imagem de arquivo — Foto: AP Photo/Ronald Zak

2015: Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia ganhou o prêmio por sua decisiva contribuição para a construção de uma democracia pluralista no país durante a revolução de 2011.

2014: os vencedores foram o indiano Kailash Satyarthi e a paquistanesa Malala Yousafzay, “pela sua luta contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação”. A estudante do Paquistão se tornou a mais jovem ganhadora do prêmio.

2013: Organização para a Proibição das Armas Químicas, entidade que supervisiona destruição do arsenal químico na Síria em guerra.

Malala Yousafza durante visita a Salvador, em imagem de arquivo — Foto: Egi Santana/G1Malala Yousafza durante visita a Salvador, em imagem de arquivo — Foto: Egi Santana/G1

Malala Yousafza durante visita a Salvador, em imagem de arquivo — Foto: Egi Santana/G1

2012: União Europeia ganhou por ter contribuído para pacificar um continente devastado por duas guerras mundiais.

2011: Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee (Libéria) e Tawakkol Karman (Iêmen) ganharam por sua luta não violenta em favor da segurança das mulheres e seus direitos a participar dos processos de paz.

2010: Chinês Liu Xiaobo (China), dissidente detido, “por seus esforços duradouros e não violentos em favor dos Direitos Humanos na China”.

2009: O então presidente americano Barack Obama foi premiado “por seus esforços extraordinários com o objetivo de reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos”.

Barack Obama, em imagem de arquivo — Foto: AFPBarack Obama, em imagem de arquivo — Foto: AFP

Barack Obama, em imagem de arquivo — Foto: AFP

2008: Martti Ahtisaari (Finlândia) foi premiado por suas numerosas mediações de paz em todo o mundo.

2007: Al Gore (EUA) e o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU ganharam o prêmio por seus esforços para aumentar o conhecimento sobre as mudanças climáticas.

2006: O prêmio foi para Muhammad Yunus (Bangladesh) e seu banco especializado no microcrédito, o Grameen Bank, porque “uma paz duradoura não pode ser obtida sem que uma parte importante da população encontre a maneira de sair da pobreza”.

Fonte: G1 Mundo