Ana Paula Minerato estreia na frente da bateria e se diz confiante com título na Tatuapé: ‘Faz tempo que não sei o que é ser campeã’

A escola da Zona Leste de São Paulo promete levar um desfile cenográfico para a avenida para apresentar o enredo “O ponteio da viola encanta… Sou fruto da terra, raiz desse chão… Canto Atibaia do meu coração”, sobre a cidade de Atibaia.

“Evoluí, meu amor, não sou mais musa de um carro, agora eu saio na frente da bateria. Estou bem feliz. Toda passista e musa tem o sonho de sair na frente da bateria, estou realizando um sonho. E que delícia que deve ser ganhar carnaval, né? Faz tempo que eu não sei o que é isso!”, diz ela, durante o ensaio de fotos para o G1.

• Que dia cai o carnaval em 2020? Veja as datas!
• Confira a ordem dos desfiles
• Veja o calendário dos ensaios técnicos
• Saiba quem são as musas do carnaval de São Paulo

Em 2019, Ana ficou fora do carnaval depois que se afastou da escola. Em 2018, a irmã dela, Tati Minerato, se desentendeu com outra integrante da escola e se afastou do cargo. Ana Paula se desligou da agremiação em solidariedade à irmã.

“O ano passou e o carnaval acontece com ou sem você, mas minha vontade foi voltando. Eu sou corintiana e vou ser o resto da vida, mas se esse ciclo com a Gaviões se encerrou, bola pra frente, vamos seguir adiante”, diz ela.

Durante conversas com Eduardo Santos, presidente da Tatuapé, Ana diz que acabou rolando o convite de integrar o time de musas da escola. São sete na frente da bateria, incluindo a rainha Andréa Capitulino.

“A gente começou a se falar e fui na quadra. A Tatuapé é muito acolhedora, isso é o número 1 lá dentro. Deu bastante frio na barriga. Depois foi ficando tranquilo, vi que as pessoas estavam me recebendo bem. Como são muito organizados na escola, os laços se alinharam. Estou curtindo muito estar lá hoje, e quero pegar todos os meus anos de experiência e fazer ainda melhor”, afirma.

Desfilar na frente da bateria faz toda a diferença, segundo Ana Paula, mas também exige mais responsabilidade.

“Eu estou muito feliz porque existe uma responsabilidade maior, não é só desfilar. Tem um peso maior representar a bateria, tem de saber todas as pausas. Mas estou confiante e com muita energia esse ano”, afirma.

Ana pretende ter uma história longeva com a Tatuapé, como teve com a Gaviões, por onde desfilou por 18 anos.

“Eu quero ter uma passagem de louvor na Tatuapé. Não quero ficar pulando de escola em escola, quero construir minha história lá “, diz ela.

Ana e as outras seis mulheres que desfilarão na frente da bateria vão se fantasiar de “baliza da fanfarra”.

“Todas vão vir com essa proposta, mas cada uma fará a sua roupa. É uma fantasia, né? Tem de vir bem caracterizada e acho inevitável mostrar o corpo, então 100% pelada não vai ser não”, adianta ela.

Agradecimentos: Villaggio Europeo