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Sensores de projeto piloto indicaram solo saturado dias antes de deslizamentos na Baixada Santista

Sensores de umidade do solo instaladas nos municípios da Baixada Santista indicavam, cerca de quatro dias antes dos deslizamentos na região, que o solo das áreas de risco já estava saturado. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Estado de São Paulo contabilizaram, até a manhã desta quarta-feira (11), 44 mortes após os deslizamentos na região. Ainda há 34 desaparecidos.

Os equipamentos fazem parte de um projeto piloto e estão em fase de observação, porém, segundo o geólogo Márcio Andrade, já poderiam indicar a necessidade de remoção preventiva dos moradores nos locais de risco.

Andrade é pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e coordenador do RedeGeo. Em junho de 2019, a equipe de pesquisadores da RedeGeo do Cemaden instalou plataformas de coleta de dados geológicos (PCDs Geo) em parceria com as defesas civis dos municípios de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Praia Grande.

As plataformas são compostas por pluviômetros acoplados a sensores geotécnicos. Desta forma, um mesmo equipamento tem capacidade de fazer a medição de chuva e de umidade do solo. As plataformas foram distribuídas em vários pontos das cidades.

“Essa medida de umidade do solo é feita por meio de uma sonda. Então, vamos nos locais que têm áreas de risco, histórico de deslizamento, e fazemos uma perfuração de três metros, colocando um tubo com seis sensores, cada um em uma altura diferente de profundidade. Esses dados podem ser acessados por todos pela página da Cemaden”, explica Andrade.

Segundo o geólogo, a previsão de chuva para a Baixada Santista no mês de fevereiro era de 300 mm, mas foram registrados mais de 900 mm de chuva, ou seja, muito mais que o esperado. “Esse mês anterior aos deslizamentos já vinha com histórico de chuvas intensas, o que contribui em deixar o solo encharcado”, destaca.

Os sensores apontaram e ainda indicam um valor limite de absorção de água no solo. Os estudos realizados até o momento indicam que, quando o solo atinge 50% de umidade, já entra em estado de saturação, ou seja, tem risco de deslizamento.

Sobreviventes de deslizamentos na Baixada Santista relembram momentos de busca e resgate

Sobreviventes de deslizamentos na Baixada Santista relembram momentos de busca e resgate

A PCD Geo identifica a variação da quantidade de água no solo em até três metros de profundidade. Segundo ele, o objetivo é que o monitoramento da umidade das camadas de solo, junto aos dados de chuvas, permita a emissão de alertas antecipados de deslizamentos.

No dia 1º de março, dados de projeto piloto do Cemaden já mostravam que umidade do solo estava em 47% — Foto: Reprodução/Jornal HojeNo dia 1º de março, dados de projeto piloto do Cemaden já mostravam que umidade do solo estava em 47% — Foto: Reprodução/Jornal Hoje

No dia 1º de março, dados de projeto piloto do Cemaden já mostravam que umidade do solo estava em 47% — Foto: Reprodução/Jornal Hoje

De acordo com o pesquisador, no domingo (1), um dia antes dos deslizamentos, os dados do Cemaden já apontavam 47,16% de umidade no solo em Guarujá. Segundo ele, esses dados já apontavam um risco de deslizamento nos morros de Santos, São Vicente e Guarujá.

“Nós já conseguimos, através desses sensores, perceber que os níveis de umidade do solo estavam muito elevados, a maior parte deles, inclusive, estava no limite da saturação”, relata.

O especialista compara o solo a uma esponja para explicar os efeitos de um solo encharcado. “Têm esponjas que absorvem mais água; outras absorvem menos água. Assim também funcionam as camadas do solo”, destaca o especialista.

Ainda segundo Andrade, quando a saturação do solo ocorre há dois efeitos. O solo fica mais pesado e perde a estabilidade, o que pode ser chamado de coesão ou resistência. “Isso acontece porque, ao absorver água ao extremo, ele fica mole, fica frágil, ainda mais quando está em um plano inclinado, como os morros, gerando os deslizamentos”, explica.

Na manhã do dia 2 de março, números de projeto piloto também mostravam que umidade do solo estava próxima de 50% — Foto: Divulgação/Cemaden Na manhã do dia 2 de março, números de projeto piloto também mostravam que umidade do solo estava próxima de 50% — Foto: Divulgação/Cemaden

Na manhã do dia 2 de março, números de projeto piloto também mostravam que umidade do solo estava próxima de 50% — Foto: Divulgação/Cemaden

Ocupação irregular

Além das fortes chuvas, a ocupação urbana nesses morros, considerados áreas de maior risco, é um fator propício aos deslizamentos, de acordo com o pesquisador. Para que as áreas dos morros fossem ocupadas, conforme explica Andrade, era necessário terem grandes obras de drenagem e de contenção.

“A moradia não tem resistência física. As pessoas também são vulneráveis porque têm dificuldade de entender e conseguir sair em um momento crítico. São pessoas em vulnerabilidade social. E, também, no dia do temporal, foi uma chuva muito forte, que não parava”, relata.

Segundo Andrade, os municípios de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão têm histórico grande de desastres por deslizamentos, por isso, a importância dos sensores nesses locais. Os sensores fazem parte de um projeto piloto e ainda estão sendo aperfeiçoados.

Cães auxiliam bombeiros nas buscas por soterrados no Morro da Barreira do João Guarda, em Guarujá — Foto: Paula Paiva Paulo/G1Cães auxiliam bombeiros nas buscas por soterrados no Morro da Barreira do João Guarda, em Guarujá — Foto: Paula Paiva Paulo/G1

Cães auxiliam bombeiros nas buscas por soterrados no Morro da Barreira do João Guarda, em Guarujá — Foto: Paula Paiva Paulo/G1

“Está sendo implantado exatamente para prevenção de tragédias como essa. Então, todos nós e as defesas civis, tanto municipais, quanto estadual, estamos na fase de observação desses dados. Cadastrando todas essas informações para que, após o verão, façamos conjuntamente um protocolo de ação”, relata.

Porém, mesmo estando em fase de testes, os dados dos sensores ficam disponibilizados diariamente no site. O Cemaden informou ao G1 que, no dia 28 de fevereiro, após analisar os índices pluviométricos da região Sudeste, enviou um alerta ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), informando que haveria riscos geo-hidrológicos nos próximos dias.

Alerta

Apesar de os dados ainda não serem oficiais, o especialista em gerenciamento de risco Moacyr Duarte, explica que os números não devem, em nenhuma hipótese, ser ignorados, ao contrário, já podem servir de alerta para uma ação preventiva. “Quando você pega esses estudos, ou algum equipamento, temos uma fase chamada prova de conceito. Isso significa que você não conhece suficiente o equipamento ou sistema para basear um grande alerta nele. Porém você já tem indícios que as medições dele têm um determinado nível de precisão, se não, nem o colocaria para fazer prova de conceito”, relata.

Pela análise de Duarte, os dados apontados pelo Cemaden, não devem ser divulgados apenas no site, mas diretamente aos municípios, para que sejam feitas orientações preventivas nas áreas de maior risco. “Pelo menos para esse pessoal que está na área em que o sistema tá implantado, e demonstrou que havia instabilidade em função do acúmulo de água, era importante ter validade essa informação. Até porque nem todas as prefeituras tem corpo técnico para entender, ou buscar no site as informações que são divulgadas”, explica.

De acordo com ele, o repasse de alertas amplos não é o suficiente para evitar tragédias. “Repassar um alerta que se refere a toda região sudeste ou, por exemplo, à Baixada Santista em geral, não é exatamente gestão de desastres, porque isso não é muito orientador. Um boletim também só informando que terá chuva e risco de deslizamentos, na verdade, não diz muito, porque é preciso mostrar onde, exatamente, estarão os maiores riscos. Isso que permitiria ajudar as pessoas que moram nesses locais”, destaca.

Avisos

Em nota, o Cemaden informou que a rede observacional na cidade de Guarujá conta com 15 pluviômetros automáticos instalados no município. Destes, o que registrou maior volume de chuvas foi o instalado em Morrinhos, totalizando 277,8 mm de chuvas no dia 3 (terça-feira). Já nos dois dias anteriores (2 e 1º), foram registrados 80,7 mm e 52,3 mm, respectivamente. Portanto, entre 1 e 3 de março, o total de chuvas acumuladas foi de 410 mm em 72 horas.

Guarujá insere-se na lista de municípios prioritários para monitoramento pelo Cemaden/MCTIC; no entanto, em razão de não contar com as áreas de riscos mapeadas (mapeamento este que não é de competência do Cemaden), o Centro afirma não emitir alertas de riscos de deslizamentos e/ou de inundações, enxurradas no mesmo formato adotado para o município de Santos (para este dispõe das áreas de riscos mapeadas e georreferenciadas).

Porém o Cemaden afirma monitorar Guarujá e emitir ‘Comunicados de Atenção’, os quais são encaminhados ao Centro Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres (Cenad) do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que os retransmite para os órgãos estaduais e municipais de Defesa Civil. A partir desses dados, o órgão encaminhou para o Cenad, os seguintes ‘Comunicados de Atenção’:

Comunicado de atenção 0096/2020 (encaminhado ao CENAD em 01/03/2020, 21:39h)

“Prezados/as,

Comunica-se a possibilidade de ocorrência de eventos de Risco Hidrológico, Movimentos de Massa em Guarujá – SP, em virtude dos acumulados de precipitação que são de até 114 mm em 24 h na estação Pereque, Cemaden, de áreas de instabilidade atuando sobre município de acordo com a estimativa de precipitação instântanea do radar São Roque. A previsão indica continuidade de chuva com pancadas de intensidade moderada a forte.

O Cemaden continuará em constante monitoramento e coloca-se à disposição para fornecer informação adicional que seja de interesse da Defesa Civil.”

Comunicado de atenção 0099/2020 (encaminhado ao CENAD em 03/03/2020, 00:12 h)

“Prezados/as,

Comunica-se a possibilidade de ocorrência de eventos de Movimentos de Massa, Risco Hidrológico em Guarujá, São Vicente, em virtude dos acumulados de precipitação que são de até 331mm/72h, de áreas de instabilidade atuando sobre os municípios de acordo com a estimativa de precipitação instantânea do radar São Roque. A previsão indica continuidade das chuvas nas próximas horas.

O Cemaden continuará em constante monitoramento e coloca-se à disposição para fornecer informação adicional que seja de interesse da Defesa Civil.”

Além disso, o Centro afirma elaborar e disponibilizar publicamente no site boletins de risco geo-hidrológico com mapas e informações sobre áreas com riscos de eventos geo-hidrológicos. No dia 29 de fevereiro, disponibilizou boletim com informações e mapas com as regiões de riscos nos dias 1 e 2 de março. Portanto, foram mencionadas a região da Baixada Santista. Posteriormente, no dia 1 de março de 2020 (domingo), os mapas foram atualizados, destacando-se que o risco foi elevado para “muito alto” na mesorregião que inclui a Baixada Santista.

Sobre as ações das defesas civis com moradores locais, o Cemaden destaca que isso não se enquadra nas competências do órgão.

Governo Federal

O Cenad é um órgão do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Em nota, o Ministério informou atuar em constante articulação com órgãos federais de climatologia e as Defesas Civis estaduais e municipais. O Cenad confirmou que na última sexta-feira (28) foi emitido um alerta conjunto de órgãos do Governo Federal informando sobre tempestades para região Sudeste.

O alerta conjunto foi emitido pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe) e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Segundo a Cenad, para a região da Baixada Santista, desde o domingo (1º), uma sequência de alertas específicos passou a ser enviado às coordenações municipais e estadual de Defesa Civil informando sobre os riscos – inclusive geo-hidrológicos – decorrentes das chuvas intensas. Os avisos também chegaram à população cadastrada para receber os alertas via SMS.

Governo do Estado

Em nota, a Defesa Civil do Estado de São Paulo informou que no dia 28 de fevereiro foi emitido um Boletim Especial de Chuva informando a população e os agentes municipais de defesa civil da região que, entre domingo (1º) e terça-feira (3), havia condição de chuvas intensas acompanhadas de descargas elétricas, fortes rajadas de vento e acumulados elevados, aumentando o risco para transtornos como inundações e deslizamentos, pois o solo da Baixada Santista estava saturado pelas chuvas anteriores.

Segundo o Estado, entre a noite da segunda (2) e a madrugada da terça (3), foram disparados 12 alertas via SMS 40199 para a população cadastrada na Baixada Santista, informando sobre os riscos. Para receber os alertas emitidos pela Defesa Civil do Estado de SP, basta enviar uma mensagem pelo aplicativo de SMS do seu celular para o número 40199 com o CEP de interesse.

A Defesa Civil Estadual afirmou que com ampla estrutura de monitoramento e equipe própria de meteorologistas para suporte de informações e produção de dados, que norteiam a emissão dos alertas. Os planos de evacuação e retirada de moradores são de responsabilidade dos municípios que podem, eventualmente, solicitar apoio ao Estado.

Por meio de acordo de cooperação técnica, a Defesa Civil do Estado utiliza, complementarmente, as informações do Cemaden para produção de alertas. Cumpre destacar que as estações geotécnicas do Cemaden instaladas na Baixada Santista são fruto de projeto de pesquisa e ainda não fornecem parâmetros para estabelecimento de protocolos operacionais junto às defesas civis para remoção de moradores.

Guarujá

A Prefeitura de Guarujá, por meio de nota, falou que o próprio Cemaden não fez nenhum alerta no sentido de evacuar ou outro incidente que pudesse ser ocasionado por essa saturação de solo.

A administração disse que, de acordo com informações do secretário-adjunto de Defesa e Convivência Social, Carlos Eduardo Smicelato, as imagens dos radares fornecidas pelo Cemaden são em tempo real, ou seja, o alerta que foi emitido na noite de segunda-feira ocorreu quando a Defesa Civil já estava socorrendo vítimas dos deslizes dos morros de Guarujá. Além disso, são vários elementos que caracterizam a necessidade de evacuação de áreas de risco.

“A saturação do solo é um elemento novo, mas não é primordial. O primordial é o volume de chuvas que, nos últimos três dias que antecederam os deslizamentos, tinha sido muito pequeno, ou seja, em torno de 30 a 35 mm. O volume de chuvas é o principal critério que adotamos para fazer a remoção e alertas junto à população”, explica o secretário.

Equipes auxiliam nas buscas por desaparecidos no Morro da Barreira do João Guarda, em Guarujá — Foto: Marcela Pierotti/G1Equipes auxiliam nas buscas por desaparecidos no Morro da Barreira do João Guarda, em Guarujá — Foto: Marcela Pierotti/G1

Equipes auxiliam nas buscas por desaparecidos no Morro da Barreira do João Guarda, em Guarujá — Foto: Marcela Pierotti/G1

No caso de Guarujá, os deslizamentos ocorreram pelo volume de 280 mm de chuva em apenas 12 horas, fenômeno que os radares meteorológicos não previram. De acordo com Smicelato, era previsto para o dia apenas 50 mm de chuva, tendo em vista que o volume adotado como atenção é de 80 mm. “O fator que o Cemaden está citando tem relevância, mas não é preponderante. O importante seria o acúmulo de chuvas registradas pelos pluviômetros espalhados pelos 17 pontos do município de Guarujá”, explicou em nota.

Santos

A Prefeitura de Santos, por meio de nota, não respondeu se recebeu o alerta da Defesa Civil Estadual. A administração disse que tem o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC), operado em conjunto com a Defesa Civil do Estado. Todos os moradores das áreas de risco alto e muito alto recebem a visita dos técnicos todos os anos e são orientados a saber identificar os sinais de movimentação das encostas. Existe a orientação para a população se cadastrar para receber o envio de SMS alertando sobre períodos de chuva e vento fortes.

Outra ação que foi realizada antes das chuvas na noite de segunda-feira (2) e madrugada de terça-feira (3) foi o pedido de inserção nas TVs de informativo de utilidade pública, com as orientações que são dadas aos moradores das áreas de risco, durante todo o ano, e intensificadas no período do PPDC.

Estrutura de residências foram danificadas devido aos deslizamentos no Morro São Bento em Santos. — Foto: Reprodução/Felixx DroneEstrutura de residências foram danificadas devido aos deslizamentos no Morro São Bento em Santos. — Foto: Reprodução/Felixx Drone

Estrutura de residências foram danificadas devido aos deslizamentos no Morro São Bento em Santos. — Foto: Reprodução/Felixx Drone

A Defesa Civil de Santos realiza vistorias de rotina nos imóveis localizados em áreas de risco. Quando chove 80 mm em 72 horas (e com previsão de mais chuvas), o estado de observação dos morros muda para estado de atenção, com intensificação nas vistorias. Quando é necessário algum tipo de intervenção para salvaguardar uma família, a Defesa Civil aciona a secretaria competente.

Em casos críticos, a pessoa é orientada pela Defesa Civil a sair de casa. Em casos de risco iminente, a Defesa Civil pode obrigar a remoção. A prefeitura também atua no controle de ocupações irregulares por meio de força tarefa coordenada pela Secretaria de Serviços Públicos (Seserp). Desde junho de 2018, o grupo técnico já realizou mais de 100 ações em áreas de risco.

São Vicente

A Prefeitura de São Vicente, por meio da Defesa Civil do município, informou que acompanha as notificações oficiais e segue à risca todas as orientações. Graças à troca de informações entre a Defesa Civil de São Vicente e os órgãos oficiais, ainda na noite de domingo (1), todos os profissionais estavam em prontidão.

Uma pessoa segue desaparecida sob escombros no Parque Prainha em São Vicente. — Foto: Eduardo Brandão/Jornal A TribunaUma pessoa segue desaparecida sob escombros no Parque Prainha em São Vicente. — Foto: Eduardo Brandão/Jornal A Tribuna

Uma pessoa segue desaparecida sob escombros no Parque Prainha em São Vicente. — Foto: Eduardo Brandão/Jornal A Tribuna

A cidade conta com um Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). Ele traz sugestões de intervenções estruturais e não estruturais para o controle de riscos. A Prefeitura mantém um grupo de trabalho multifuncional seguindo o plano à risca. Entre as ações, há o acompanhamento permanente de imóveis nas áreas de risco, para eventuais problemas estruturais; verificação das condições do solo; monitoramento do índice pluviométrico a cada três horas; telefone 199 para plantão 24 horas.

Desde 2017, o município faz acompanhamento e sido rápida a ação nas intenções de invasão, inibindo novas ocupações de imediato nas áreas públicas. Importante ressaltar que a situação atualmente vivida pelo município com relação aos aglomerados subnormais está integralmente ligada aos investimentos em Assistência Social e Habitação.

Arte: Por que ocorrem os deslizamentos (VALE ESTE) — Foto: Juliane Monteiro/Arte G1Arte: Por que ocorrem os deslizamentos (VALE ESTE) — Foto: Juliane Monteiro/Arte G1

Arte: Por que ocorrem os deslizamentos (VALE ESTE) — Foto: Juliane Monteiro/Arte G1

Fonte: G1 – Santos e Região