Pacientes da covid-19 sofrem depressão, ansiedade e pânico durante quarentena em Araguaína
A pressão psicológica, o medo e a ansiedade têm sido situações comuns à maioria das pessoas nesse período de pandemia da covid-19. Com o objetivo de reduzir os impactos psicológicos, principalmente nos pacientes positivos e suspeitos para o coronavírus em fase de isolamento domiciliar, a Secretaria Municipal da Saúde de Araguaína disponibilizou uma equipe de psicólogos para dar assistência durante o tratamento da doença.
A necessidade do serviço surgiu com base nos relatórios diários do monitoramento realizado por telefone com os pacientes. Foi identificado o desenvolvimento dos sintomas de ansiedade, pânico e até depressão nas pessoas em tratamento.
“Acreditamos que esse atendimento será de grande valia e fará muito bem ao paciente que se encontra em isolamento, trazendo nossa perspectiva num momento tão delicado, já que o confinamento pode agravar o estado emocional daquelas pessoas que já tinham algum transtorno ou distúrbio emocional”, destacou a secretária da Saúde, Ana Paula Abadia.
Cuidado mental
De maneira geral, o período de isolamento, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter o avanço do vírus, traz desafios, novas formas de se relacionar, habilidades para trabalho em casa e mudança da rotina diária. Com esse cenário, é indispensável se atentar aos cuidados com a saúde física e emocional.
Entre as orientações levadas aos pacientes em tratamento está a busca por atividades que trazem calma e bem-estar, como a leitura de bons livros.
“O sujeito passa a se sentir sozinho e isso pode provocar vários sentimentos, por isso é importante que eles tentem se desintoxicar do bombardeio de informações negativas e que procurem se ocupar com outras atividades, como a leitura de livros e filmes que passam mensagens otimistas”, explicou a psicóloga do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Kassia Gabrielly Carvalho.
Outra orientação da profissional é trabalhar a mente para os sentimentos de otimismo, esperança, uma vez que existe a cura para a doença. Além de aproveitar a oportunidade para renovar os laços afetivos familiares, embora se exija o isolamento, mas ainda sim perceber a rede de apoio familiar de várias formas.
“Algo que precisa ficar bem claro a toda a população da cidade é de que esses pacientes estão sofrendo de várias formas e a psicológica também é uma preocupação. Existe nessas pessoas o receio de ser excluído por estar com suspeita ou mesmo com a doença, e de se depararem com o preconceito dos outros, o que só piora a situação”, disse a psicóloga.
(Adriana Santana/Ascom)
Fonte: AF Noticias