‘Reabertura do comércio nos mostra uma luz no fim do túnel’, diz empresário de Araguaína
A Associação Comercial e Industrial de Araguaína (Aciara) afirmou que a reabertura do comércio nesta segunda-feira (8), após 25 dias de portas fechadas, traz alívio para os empresários da cidade.
Segundo a Aciara, desde o início da pandemia, os comerciantes buscaram cumprir todas as medidas de segurança para evitar o contágio, como a higienização das mãos, o distanciamento de clientes e o uso da máscara.
Mesmo com a queda nas vendas, era compreensível as ações que mantivesse a segurança da saúde da população e da economia da cidade. Mas com o fechamento do comércio sem previsão de retorno das atividades, algumas empresas foram obrigadas a desligar seus funcionários.
O empresário Márcio Maciel da Cruz, proprietário das lojas Império da Moda e Estilo da Moda, teve que demitir funcionários e suspender contratos. “Somos uma engrenagem e dependemos muito também dos nossos colaboradores empregados e com renda para que possa comprar e pagar, e consequentemente fazer a economia da nossa cidade circular”, disse.
Luz no fim do túnel
Poder abrir as portas e atender os clientes, respeitando todas as medidas de prevenção à covid-19, devolve a esperança aos empresários. “A reabertura do comércio nos mostra uma luz no fim do túnel, pois temos expectativas para que a economia volte ao normal e todos voltem a comercializar, trazendo muitos empregos e negócios para alimentar a economia de nossa cidade”, ressaltou Marcio Maciel.
Esse também é o pensamento da empresária Ivonete Fernandes, proprietária do salão de beleza Estética Magrela. O segmento dela foi um dos mais afetados com a suspensão total das atividades.
“Durante este período, tivemos fases de pensamentos vazios e grande insegurança, vimos que nada e nem ninguém garante nossas empresas e nossos colaboradores, somente Deus”, afirmou.
A queda no faturamento ultrapassou 70%, mas Ivonete conta que conseguiu manter o trabalho de 14 colaboradoras.
Com a retomada das atividades, o momento é de superação. “Agora com a reabertura nasce em mim uma vontade enorme de trabalhar, dar a volta por cima. Estou cheia de esperança e me preparando de forma segura para receber nossas clientes, observando todas as regras sanitárias, como uso de máscaras, luvas e esterilização de todo equipamento. Estou torcendo para que tudo passe logo”, comemorou Ivonete.
A reabertura do comércio não significa só uma luz no fim do túnel, mas é a própria sobrevivência para pequenos e médios empreendimentos, conforme a Aciara.
A empresária Márcia Wanderley é proprietária da R.W Grau, que há 14 anos presta serviço no segmento de eventos de formatura e movimenta uma cadeia de profissionais. São 44 colaboradores que dependem da empresa para garantir a renda da família.
“O momento não está fácil para ninguém. Nossa inadimplência aumentou da consequência da loja fechada”, disse.
Márcia enfrenta ainda um outro desafio, que é a suspensão de aulas e a proibição de eventos de formatura, por exemplo. Mas ter o comércio reaberto permite que a empresa dela receba o pagamento de serviços prestados. “Ao menos, para ver se as pessoas enfrentam o medo e vão pagar as contas. Tem muito serviço para entregar. Preciso de portas abertas para receber o cliente. Claro, com todo cuidado possível”, enfatizou Márcia.
Aciara
A presidente da Aciara, Hélida Dantas, também comemorou a reabertura do comércio, mas ressaltou que o momento é de responsabilidade. “Estamos muito satisfeitos com o retorno de nossas atividades porque acreditamos que só trazem progresso, renda, emprego para a nossa cidade”, disse.
Hélida enfatizou que o comércio fechado por quase 30 dias não reduziu o contágio. “A contaminação da covid-19 tem se dado muito nas residências, entre as famílias, por isso pedimos aos empresários que contribuam com a educação dos seus colaboradores e clientes, mudando os hábitos de higiene. Vamos trabalhar colaborando com a saúde pública”, disse.
A Aciara anunciou que vai reforçar junto aos seus associados a higienização dos estabelecimentos, as regras de distanciamento e sem aglomerações dentro das empresas.
“Vamos todos colaborar. Os comerciantes estão dispostos a fazer sua parte. Vamos dar oportunidade de emprego, que é o nosso legado para a sociedade. Estamos muito felizes com o retorno das nossas atividades. Acreditamos que o comércio só terá sucesso se a saúde estiver bem. Temos que andar de mãos dadas, unidos para termos excelentes resultados frente a essa pandemia que tem desestruturado a vida de todos nós”, finalizou Hélida Dantas.
Fonte: AF Noticias