Sindicato promove campanha #ForaBolsonaro no Tocantins e associa presidente à morte
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) divulgou nota de repúdio à forma com que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), vem lidando com a pandemia da covid-19 e aderiu à campanha #ForaBolsonaro.
A nota é assinada pela seção sindical do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e afirma que o presidente negligenciou a pandemia e essa irresponsabilidade contribuiu para a morte de mais de 79 mil brasileiros.
O órgão sindical informou que irá lançar a campanha no Tocantins nesta semana e instalar vários outdoors nas ruas de Palmas, além de realizar um trabalho de ampla divulgação nas redes sociais.
Conforme a sindicato, a campanha foi aprovada no 33° congresso do Sinasefe, ocorrido entre 14 a 17 de novembro de 2019.
A campanha no Tocantins discorrerá sobre como o Governo é o responsável pelo agigantamento da tragédia da pandemia no Brasil e pela morte de milhares de brasileiros. “Nosso sindicato enfatiza que não são apenas números, são famílias destruídas”, afirma.
A campanha ainda associa Bolsonaro à morte e frisa: “A morte não pode governar o Brasil”.
Motivos da campanha
Segundo o Sinasefe, desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o presidente Bolsonaro tratou da situação de forma irresponsável e perigosa, indo na contramão das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e demais autoridades sanitárias, a ponto de colocar o Brasil no epicentro da doença e se tornar motivo de vergonha internacional.
O Sindicato ressalta que Bolsonaro não é o ‘responsável’ pelo vírus, no entanto, ao desrespeitar o isolamento social, inviabilizar a permanência dos Ministros da Saúde, adotar e incentivar práticas contrárias aos protocolos sanitários, tornou-se responsável pela resposta caótica que permitiu o descontrole da pandemia no país.
“O presidente da República Jair Bolsonaro sempre preferiu negar a realidade e minimizar os efeitos da pandemia. Falas irresponsáveis do Presidente costumeiramente são duramente criticadas, como o polêmico pronunciamento realizado em março, no qual afirmou que a doença não passava de uma ‘gripezinha’”, exemplifica.
O sindicato ainda cita a troca de dois ministros em menos de um mês; as sucessivas aglomerações realizadas pelo presidente; o veto da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos; além de o próprio presidente ‘realizar propaganda de remédios’.
“A postura irresponsável e promotora de desinformação fomentada pelo Presidente levou parte da população a acreditar que o coronavírus não seria tão perigoso, que caixões eram enterrados vazios e que a cloroquina poderia curar os contaminados”, afirma a seção sindical.
Fonte: AF Noticias