Rua esburacada com curva perigosa e ponte sem proteção leva perigo a pedestres e motoristas de Araguaína
O motorista que passa pela Rua 2 de Julho, na altura do setor Cimba, em Araguaína, sabe: o trecho é hoje um dos mais perigosos para trafegar na cidade. Uma curva acentuada, uma ponte sem qualquer proteção, a falta de sinalização e as péssimas condições da pavimentação asfáltica complicam o trânsito de veículos e pessoas no local.
O trecho dá acesso ao Centro de Atividades do Trabalhador (CAT) do Serviço Social da Indústria (Sesi) e às duas principais instituições de ensino público superior e técnico de Araguaína: a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO). Por conta disso, o movimento por lá é intenso durante boa parte do dia, o que, levando em conta as condições da via, a ponte desprotegida e a curva, aumenta a possibilidade de acidentes.
Um dos maiores perigos para o pedestre que passa pelo trecho é uma ponte de pouco mais de 10 metros sem qualquer tipo de proteção que fica no local. “É muito perigoso passar aqui, é uma aflição, eu diria. Morro de medo de cair. Mas como tenho que ir para a faculdade, o jeito é me arriscar”, afirmou a estudante Marília Santana, de 19 anos.
Eles deveriam ao menos sinalizar isso aqui, mostrando que existe a ponte e uma encosta gigantesca, mas, infelizmente, esse local está completamente abandonado”, desabafou a dona de casa Marlúcia da Veiga, de 45 anos.
“Esse é um dos trechos mais perigosos para trafegar atualmente em Araguaína. Seja para o pedestre que passa receoso de tropeçar e cair no buraco, seja para o motorista que teme que seu carro perca o controle saindo da pista, vindo a capotar encosta abaixo, como já aconteceu uma vez. É preciso tomar providências o quanto antes”, afirmou o professor José Dias Luz, de 37 anos, que passa todos os dias pelo trecho.
Enquanto nossa equipe esteve no local, pode observar dezenas de crianças que estudam nas escolas das redondezas passando pela ponte. Algumas, ignorando o perigo, brincavam próximo da encosta que, apesar de parcialmente cimentada, apresenta várias rachaduras. “As autoridades só vão tomar providências no dia em que uma criança dessas cair dentro desse buraco”, reclamou o taxista Guilherme Matos, de 52 anos.
Logo em frente ao Sesi/CAT, uma curva acentuada leva risco aos condutores. A placa de trânsito que informa a existência do perigo, mostrando a importância de redobrar os cuidados no local, está apagada, mas esse não é o principal problema. A falta de consciência do motorista é o que torna tudo mais complicado. “A sinalização por aqui é precária, deficiente, insatisfatória. Mas, além disso, muitos motoristas são imprudentes, irresponsáveis. Andam na contramão e excedem o limite de velocidade”, contou o mototaxista Saulo da Silva, de 29 anos.
Para piorar a situação, são péssimas as condições da pavimentação asfáltica da Rua 2 de Julho no trecho. São dezenas de buracos, espalhados por vários pontos, o que torna ainda mais complicado o tráfego no local, exigindo do condutor atenção e cuidado redobrados. “Para desviar dos buracos, muitos motoristas acabam andando na contramão, o que facilita a ocorrência de acidentes”, opinou a auxiliar de serviços gerais Ireane de Souza, de 25 anos.
(Portal O Norte)