‘Usar morte como discurso é desumano’, dispara coligação de Saulo contra viúva de Moisés
A coligação do atual prefeito de Miracema do Tocantins e candidato à reeleição Saulo Milhomem (PP) acusou a candidata adversária Camila Fernandes (MDB), viúva do prefeito assassinado Moisés da Sercon, de usar a morte do marido como discurso e base da sua campanha eleitoral.
A polêmica declaração ocorre justamente em meio à morte trágica e também misteriosa do irmão de Camila. Wagner Fernandes de Araújo tinha 58 anos e foi brutalmente espancado dentro de sua própria residência, na cidade de Dois Irmãos. Ele teve uma das orelhas decepadas e faleceu na noite dessa segunda-feira (2) na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP). A Polícia Civil investiga o caso.
Saulo era o vice de Moisés e assumiu o comando do município após sua morte, em agosto de 2018. O crime nunca foi solucionado pela Polícia Civil do Tocantins. Ninguém chegou sequer a ser preso.
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Insinuações
Conforme a coligação de Saulo Milhomem, apesar dos rumores sugerindo que o atentado contra o irmão de sua adversária teria relação com as eleições de Miracema, a própria filha de Wagner Fernandes afirmou que “ninguém sabe ao certo o que aconteceu”, sendo ainda que moradores relataram que teria sido um incidente devido às circunstâncias em que Wagner encontrava-se, possivelmente embriagado.
Vitimismo e dívidas com ciganos
Conforme a nota, a coligação de Camila Fernandes emitiu nota oficial reforçando as insinuações de que teria sido um crime com motivação política, “demonstrando que é capaz de qualquer coisa para parecer vítima, mais uma vez”.
Quanto à morte do ex-prefeito Moisés da Sercon, ainda em 2018, a coligação de Saulo cita dívidas milionárias com ciganos.
“Após as insinuações e ataques nas redes sociais à coligação do atual prefeito, esclarece que há ações na justiça contra o espólio de Moisés da Sercon movidas por parentes de ciganos que cobram dívidas de R$ 1,6 milhão e outra de R$ 201 mil, constando no processo, promissórias assinadas e reconhecidas pela família e os bens bloqueados”.
Discurso desumano
A coligação de Saulo Milhomem afirmou que usar morte como discurso de campanha é algo “desumano, anticristão, inconsequente e criminoso”.
“Estão utilizando o processo político para distorcer um crime que a julgar pelas notícias da imprensa foram motivados por dívidas, para transformar em crime político. O processo eleitoral que deveria ser pacífico e com propostas, está sendo conduzido com ataques, acusações infundadas e vitimismo. Sentimos apenas tristeza ao ver a falta de projetos, falta de argumentos e falta de respeito ao povo de Miracema”, dispara a coligação de Saulo Milhomem.
“Pedir para que parem seria o lógico, mas não iria adiantar, pois seria o fim do discurso que mantém a coligação. Vamos defender a verdade, vamos ser de verdade e vamos agir com a verdade. Quando se inspira na morte, a coligação Miracema Merece Mais força as pessoas a não enxergarem que a VIDA deve ser nossa maior inspiração”, finaliza a nota da coligação de Saulo Milhomem.
Fonte: AF Noticias