Fortalecido pelas eleições, Eduardo Gomes pode ser candidato natural ao Governo em 2022
Conhecido por sua habilidade e articulação política, o senador Eduardo Gomes (MDB) foi o grande vencedor das eleições municipais de 2020, mesmo sem ter registrado candidatura. Ele apoiou vários aliados e correligionários vencedores no Tocantins, entre os quais, Wagner Rodrigues (SD) em Araguaína; Carlinhos da Nacional (MDB) em Miranorte; Camila Fernandes (MDB) em Miracema; Celso Morais (MDB) em Paraíso, Josi Nunes (PROS) em Gurupi e Cinthia Ribeiro (PSDB), em Palmas, onde ainda emplacou seu irmão, André Gomes (Avante), como vice-prefeito.
O comentário nos bastidores é que o senador participou diretamente da eleição de 90 prefeitos.
Vitória na capital representa o ápice do cacife político
A maior vitória, inquestionavelmente, foi na Capital, uma vez a prefeita enfrentou profunda rejeição, pois foi reeleita por 36,24% e rejeitada por 63,76% da população. A vitória só foi possível em razão da pulverização de candidatos, que fragmentaram muito a oposição.
Eduardo Gomes teve participação ativa na campanha vitoriosa, mas ainda é cedo para apontar as razões pelas quais o senador ‘exigiu’ que seu irmão fosse candidato a vice-prefeito na chapa vencedora. Há várias “teorias da conspiração” que tentam explicar a indicação, contudo, salvo melhor juízo, é muito cedo para conjecturar, uma vez que os eleitos em 2020 sequer foram diplomados.
Gomes seria o candidato natural do Palácio Araguaia em 2022?
Em pouquíssimo tempo, o senador conquistou espaços importantes no cenário nacional. Conseguiu fazer parte da Mesa Diretora do Senado já no primeiro mandato e ainda ser líder do governo federal no Congresso Nacional. Gomes também detém a confiança do governador Carlesse e o apoio dos prefeitos eleitos nas maiores cidades do Tocantins.
Por tudo isso, Eduardo Gomes seria o candidato natural a governador do Estado em 2022? Há quem diga que sim, mas ainda é cedo para assegurar.
Bastidores indicam que outras ocorrências podem adiar o projeto
Em que pese todos os fatores já expostos, além dos bastidores indicarem que há compromissos de campanha a serem cumpridos com o suplente Ogari Pacheco (DEM), o nome de Eduardo Gomes vem sendo ventilado à presidência do Senado para o biênio 2021/2022 – caso o STF barre a reeleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP). Nessa hipótese, suas atenções estariam mais voltadas para o cenário nacional, esfriando, ou não, a possibilidade de disputa ao Governo do Estado.
E por quê? A explicação que circula nos bastidores da política é que, caso Gomes seja eleito presidente do Senado, todas as pautas-bombas estariam nas mãos dele para serem colocadas em discussão. Neste caso, as decisões de Eduardo Gomes certamente iriam interferir na reeleição do presidente Bolsonaro. E para ‘blindar’ esse projeto de reeleição, Eduardo Gomes poderia sacrificar e adiar seu projeto pessoal de se tornar governador do Tocantins em 2022. Mas essa decisão passa, necessariamente, pela eleição que indicará a próxima Mesa Diretora do Senado, prevista para fevereiro de 2021.
Fonte: AF Noticias