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Cerca de 35% das mulheres brasileiras sofrem de varizes pélvicas

Enfermidade causa dores abdominais que podem ser confundida com endometriose; especialista alerta sobre sintomas e tratamento

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, aproximadamente 35% das mulheres acima de 20 anos sofrem com problemas de varizes nos membros inferiores. Elas são o segundo problema venoso mais comum, que muitas vezes é confundido com outros tipos de doenças, como a endometriose. Já nos homens, as varizes pélvicas são consideradas a causa – tratável – mais comum da infertilidade masculina.

O cirurgião vascular do Instituto da Circulação e Laser (ICL), Sílvio Alves da Silva, explicou que a doença pode acontecer devido a predisposição genética ( varizes), mas também pode ser decorrentes de compressão e ou obstrução. Na forma primária ou genéticos há um enfraquecimento da parede das veias ovarianas ou testiculares, processo semelhante ao que ocorre nas varizes de membros inferiores”, ressaltou.

O médico também destacou que os sintomas nas mulheres e nos homens podem ser diferentes. “Nas mulheres, além da dor crônica no baixo ventre, pode ocorrer dor durante a relação sexual, sensação de peso na região do períneo, infertilidade e aumento do fluxo menstrual. Além de ser uma das principais causas de recidiva de Varizes dos membros inferiores em pacientes bem operadas. No caso dos homens, a dor atinge os testículos e também há inchaço e aumento da temperatura da região escrotal”, disse dr. Silvio.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito baseado na história clínica detalhada e exame físico do paciente. “Normalmente, o primeiro exame realizado é o Ultrassom com Doppler às vezes a paciente já traz um exame transvaginal, ou transabdominal solicitado pelo Ginecologista/Obstetra onde já demonstra a varizes pélvicas. Pode ser usado ainda para complementação diagnóstica a Angiorresonancia e ou angiotomografia, sendo que o exame considerado padrão ouro é a flebografia pélvica com ou sem ultra-sonografia intra-vascular. Pontuou o cirurgião vascular.

Sobre o tratamento, o especialista ainda esclareceu que é definido de acordo com o estágio e sintomas das varizes pélvicas e com os achados nos exames complementares. “Quando o quadro clínico é considerado leve, o tratamento medicamentoso com a finalidade de aliviar os sintomas pode ser indicado. Nos casos em que o quadro clínico é considerado grave, com sintomas persistentes e compressões venosas, a intervenção cirúrgica é a alternativa mais recomendada, podendo ser através de embolizações e /ou angioplastia com stent dependendo do caso”, ressaltou.

O cirurgião vascular ressalta que já realizou cerca de 100 casos aqui em Palmas com sucesso conseguindo ajudar estas pacientes na melhora dos seus sintomas e na diminuição na recidiva de varizes dos membros inferiores. “Entretanto, cada caso deve ser analisado individualmente em uma consulta médica prévia”, finalizou.

Fonte: Precisa Assessoria