Forças de segurança apreendem fuzil, drogas, lancha e até caminhonete blindada em Palmas
A operação contra o tráfico de drogas denominada ‘Feynman’ apreendeu em Palmas cerca de 1 kg de cocaína de alta pureza, 2 kg de crack, 1,5 kg de maconha, um fuzil, munições diversas, uma caminhonete blindada, uma lancha, uma motocicleta, balança de alta precisão, celulares e dinheiro em espécie.
Realizada por diversas forças de segurança, a operação ocorreu nesta quarta-feira (16) em cidades do Tocantins e São Paulo.
A operação cumpriu 13 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão. Além disso, a justiça ainda deferiu o pedido de bloqueio de 14 contas bancárias utilizadas pela organização criminosa para lavagem de capitais, em que foi movimentado cerca de R$ 1 milhão durante o período de um ano.
Em entrevista coletiva, a promotora de Justiça Maria Natal de Carvalho Wanderley e o delegado Enio Walcácer relataram que a organização criminosa, vinculada ao Comando Vermelho, realizava remessas periódicas de drogas de São Paulo para o Tocantins, com parte dos recursos angariados retornando para o estado de origem.
A investigação possibilitou identificar todos os núcleos da organização criminosa, bem como o esquema de remessa e de lavagem de dinheiro. Com o bloqueio das contas bancárias, os órgãos investigativos visam desarticular a atuação do grupo.
Em São Paulo, foram presas duas pessoas, nas cidades de Limeira e Salto Grande. No Tocantins, foram cumpridos os mandados de prisão de mais 11 pessoas. Um mandato de prisão não foi cumprido, mas na residência do investigado foi encontrada droga e sua companheira foi autuada em flagrante.
A operação ‘Feynman’ decorre de investigações iniciadas no mês de setembro, que tiveram como resultado inicial a apreensão de drogas em valor equivalente a R$ 100.000, remetidas do Estado de São Paulo para o Tocantins, e que levou à prisão de dois envolvidos e à apreensão de um adolescente, na operação denominada ‘Nexum Carcerem’.
A partir da quebra do sigilo telefônico dos dois envolvidos, as investigações avançaram, resultando na operação ‘Feynman’.
As investigações foram promovidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins, e pela Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil.
Além dessas instituições, a operação contou com o apoio da Rotam da Polícia Militar do Tocantins; do Grupo Operacional Tático Especial (GOTE), da Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC) de Palmas, da Denarc do Estado de São Paulo e da Polícia Civil de São Paulo.