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Faet participa de debate sobre medidas de combate à brucelose no Tocantins

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O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins (Faet), Paulo Carneiro, acompanhado do superintendente da instituição, Sani Naimayer, participou de uma reunião na Secretaria de Agricultura (Seagro) nesta terça-feira, 2, com representantes da secretaria e da Adapec, presidentes de sindicatos e produtores rurais.

A reunião ocorreu depois de uma portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que vem respondendo um acordo sanitário estabelecido em relação à Certificação Sanitária Internacional de Produtos de Origem Animal, exportados do Brasil para a União Aduaneira (Rússia, Cazaquistão e Bielorússia). O acordo fala da necessidade de excluir do rol de fornecedores as propriedades que apresentem focos de brucelose, tuberculose e leucose bovina.

A Rússia é a maior importadora de carne bovina do Estado, correspondendo a 60% de toda produção no Tocantins, por este motivo a Faet, Produtores e presidentes dos sindicatos rurais, Adapec e Seagro, se mobilizaram para desenvolver mdidas de precauções para que essa exigência não afete as exportações tocantinenses.

Durante a reunião técnicos da Adapec expuseram os dados levantados quanto as propriedades que possuem focos das doenças. Atualmente são 143 em todo o Estado. O caso não é alarmante, mas a preocupação dos órgãos é com a proliferação das doenças para o resto do rebanho tocantinense e para que isso não ocorra a união dos trabalhos é a solução.

Segundo o superintendente da Faet o controle da doença está no trabalho unificado e essa força conjunta existe atualmente em todo o país e todos os estados brasileiros, inclusive o Tocantins, devem se adequar as normas exigidas para exportação. “O objetivo principal da reunião foi unificar os procedimentos da Adapec, Seagro, produtores e sindicatos rurais. A unificação dos procedimentos é que fará com que se tenha um melhor resultado no combate à brucelose no Estado”, afirmou.

Os participantes da reunião tomaram algumas decisões para o combate à brucelose. Todos concordaram que o primeiro procedimento é o bloqueio da entrada de gado de fazendas com cadastro negativo da doença em leilões e também em exposições agropecuárias. Além da realização de exames nos rebanhos das 143 propriedades, abatimentos dos animais infectados e ajuda do governo para a execução desses processos aos pequenos produtores que estão na lista de propriedades infectadas.

Segundo Paulo Armando, presidente do Sindicato Rural de Paraíso, as decisões vão prejudicar alguns produtores, mas evitará prejuízos maiores no futuro. “A preocupação é conjunta e unânime, o bloqueio nos leilões de animais destas 144 propriedades vai prejudicar alguns produtores, mas vai evitar prejudicar muito mais. Se não fizermos uma ação rápida vai se estender muito mais”, alertou.