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Brasileiro que já teve Covid é vacinado contra a doença nos EUA: ‘Luz no fim do túnel’, diz

O ano de 2021 começou com sinais de esperança ao brasileiro Douglas Axel Felizardo. Natural de Sertãozinho (SP), ele mora há quatro anos na cidade de Brandywine, no estado de Maryland, nos Estados Unidos. Após contrair a Covid-19 em março do ano passado, teve a oportunidade de receber a primeira dose da vacina contra a doença na sexta-feira (1º), por trabalhar na área de saúde.

O técnico oftálmico de 27 anos disse ao G1 que, por conta da infecção, perdeu paladar e olfato por duas semanas, além de ter tido febre alta e falta de ar. Não precisou ser internado e se recuperou em casa. “Foi um pesadelo. Fiquei com medo de morrer”, contou.

Douglas Felizardo já  teve a Covid-19 e foi vacinado contra a doença nos EUA — Foto: Douglas Felizardo/Arquivo pessoal

Douglas Felizardo já teve a Covid-19 e foi vacinado contra a doença nos EUA — Foto: Douglas Felizardo/Arquivo pessoal

Agora, após a primeira dose da vacina, está mais aliviado e aguarda com ansiedade a aplicação da segunda etapa do imunizante, marcada para 19 de janeiro. No entanto, gostaria que a sensação se estendesse aos familiares, que estão no Brasil.

“Quando soube que seria vacinado, eu fiquei muito feliz. Foi uma sensação de luz no fim do túnel. Sensação de alívio, mas ao mesmo tempo tristeza, porque queria que meus familiares tivessem a mesma oportunidade que eu tive”, afirmou.

Felizardo tomou a vacina da Pfizer, que foi aprovada no dia 13 de dezembro nos EUA e começou a ser aplicada no dia 14. O país também conta com o imunizante da Moderna no combate ao novo coronavírus. A aplicação começou no dia 20.

Convocação e agendamento

 

O brasileiro chegou aos EUA após ter se casado com um norte-americano. Depois de aprimorar o inglês, teve interesse pela área de saúde e fez um curso avançado de técnico de enfermagem. Ao pegar a certificação, conseguiu emprego em um hospital, onde atuou por dois anos.

Agora, como técnico oftálmico, trabalha com cirurgiões especializados em olhos e, desde o anúncio do início da vacinação contra a Covid-19, soube que estava na lista dos prioritários.

“Já estávamos cientes que agentes de saúde, não importando a posição, seriam os primeiros a tomar a vacina. Com isso na quinta-feira (31), recebemos um e-mail dos nossos supervisores dizendo que havia chegado a nossa vez”, explicou.

Felizardo foi vacinado no salão de um hospital na cidade onde mora e disse que o processo foi simples e organizado, apesar da grande fila registrada no primeiro dia de 2021. Ele não teve reações adversas ao imunizante.

“O processo de agendamento foi super simples. O que eu fiz foi clicar no link que me mandaram, agendar, e ir ao local programado para receber a vacina. Não demorei muito. O que tive que fazer foi esperar na fila, assinar alguns documentos e aguardar minha vez. No final, esperei por 15 minutos em uma sala para ver se tinha alguma reação”, contou.

Norte-americanos formam fila para vacinação contra a Covid-19 no estado de Maryland — Foto: Douglas Felizardo/Arquivo Pessoal

Norte-americanos formam fila para vacinação contra a Covid-19 no estado de Maryland — Foto: Douglas Felizardo/Arquivo Pessoal

Vacina da Pfizer

 

Na análise do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, a vacina desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech apresentou alta eficácia em todas as faixas de idade, sexo, raça e etnia.

O imunizante precisa ser armazenado a uma temperatura de -70ºC, motivo apontado como um problema por especialistas, e é pioneiro no uso da tecnologia mRNA, método que usa parte do material genético do vírus para estimular o corpo a produzir defesa contra o Sars-Cov-2, causador do novo coronavírus.

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A meta das autoridades de saúde norte-americanas era vacinar 20 milhões de pessoas contra a Covid-19 até o dia 31 de dezembro, o que não aconteceu.

No último dia de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu aprovação emergencial para o imunizante da Pfizer-BioNTech com o objetivo de facilitar a aprovação interna em países que ainda não o aprovaram.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a farmacêutica ainda discutem ações para pedidos de registro dos usos emergencial e definitivo da vacina.

Fonte: G1 Ribeirão e Franca