Testemunhas relatam duas explosões após queda de avião que matou jogadores e presidente do Palmas
As testemunhas do acidente com o avião que levava integrantes do Palmas Futebol e Regatas neste domingo (24) informaram ter visto duas explosões após a aeronave tocar o solo. A queda matou seis pessoas: quatro atletas, o presidente do clube e o piloto. Os jogadores iam para Goiânia onde enfrentariam o Vila Nova pela Copa Verde. A partida foi adiada após o acidente.
“O pessoal que já estava aqui no local e que acompanhou inclusive a ocorrência, relatou que aconteceram duas explosões provavelmente referentes a explosão dos tanques de combustível nas asas. Quando nós chegamos encontramos a aeronave ainda em chamas, mas num volume bem menor”, explicou a bombeiro Andreya de Fátima Bueno.
Avião com parte do time do Palmas pegou fogo logo após cair
Um vídeo feito logo após o acidente mostra o avião em chamas. O acidente foi em Luzimangues, distrito de Porto Nacional, a cerca de 25 quilômetros de Palmas. O bimotor caiu logo depois da decolagem.
Morreram no acidente: Lucas Praxedes de 23 anos; Guilherme Noé de 28 anos, Ranule de 27 anos; Marcus Molinari de 23 anos e também do presidente do clube, Lucas Meira de 32 anos e o piloto, Wagner Machado.
Avião caiu logo após a decolagem na cabeceira da pista — Foto: Rodrigo Noleto/Divulgação
Os quatro jogadores tinham testado positivo para a Covid-19 e estavam finalizando o isolamento neste domingo. Por isso, embarcaram em voo particular, separados do restante da equipe. Eles ainda não tinham estreado pelo clube, já que foram diagnosticados com o coronavírus logo após a contratação.
“Hoje eles cumpririam o restante do isolamento já em Goiânia e amanhã eles estariam aptos a serem escalados assim se a comissão técnica achasse providencial. Era um jogo importantíssimo pro Palmas, então sem dúvidas houve um esforço pra que a gente fosse com força total pra essa partida, infelizmente aconteceu o que aconteceu”, disse emocionada a assessora do Palmas, Izabela Martins.
A Aeronáutica informou que enviou uma equipe de Brasília para investigar o acidente. Nas redes sociais, muita comoção. A Chapecoense, lamentou as mortes. O ex-jogador Pelé também pediu orações para os familiares das vítimas.
Vítimas do acidente aéreo que levava parte da delegação do Palmas Futebol e Regatas, do topo esquerdo, em sentido horário: o atacante Marcus Molinari, o lateral-esquerdo Lucas Praxedes, o empresário Lucas Meira, o piloto Wagner Machado, o goleiro Ranule e o zagueiro Guilherme Noé — Foto: XV de Jaú/Divulgação; Caldense/Divulgação; Reprodução
O Corpo de Bombeiros informou que se trata de um bimotor modelo Baron, de prefixo PTLYG. O site da fabricante do avião, a Beechcraft, indica que este tipo de aeronave pode transportar no máximo seis pessoas por voo.
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião pertencia a uma construtora com sede no Pará chamada Meirelles Mascarenhas Ltda e não tinha autorização para realização de serviços de táxi aéreo. A assessoria do Palmas informou que o avião tinha sido adquirido há pouco tempo pelo presidente, Lucas Meira, e que estava em fase de transferência. O time informou que o avião não estava realizando serviço de táxi aéreo.
Avião ficou completamente destruído após cair em Luzimangues — Foto: Divulgação