Amastha diz que “caneta não será do ‘Dudu’, mas do povo” e anuncia venda do Capim Dourado Shopping por R$ 180 milhões
O prefeito eleito de Palmas, Carlos Amastha (PP), concedeu coletiva à imprensa após comemorar, com militantes e lideranças políticas, a festa da vitória, no seu comitê no Aureny II. “A caneta só não será do Dudu nem do Siqueira (…) a caneta é do povo dessa cidade (…) Ela vai mandar através do seu representante e tenham certeza disso, minha gente”. “Agradeço a confiança depositada e prometo que não vou decepcioná-los. Vamos fazer de Palmas a melhor cidade para se viver”, garantiu Amastha.
Em palanque, Amastha chegou a ironizar um comentário que o candidato a prefeito Marcelo Lelis (PV) havia publicado no Twitter: “Quando ele [Marcelo Lelis] falou no Twitter que não se arrependia de nada que tinha feito nessa campanha, vi que não era o Dudu [Eduardo Siqueira Campos] que mandava na caneta dele. Vi que ele [Lelis] mesmo era responsável por todas essas barbaridades”, lembrou Amastha.
Questionado pelo CT, durante coletiva, sobre como ficará o Grupo Skipton, o qual ainda é presidente, Carlos Amastha informou que o trabalho continuará e anunciou a venda do Capim Dourado Shopping, por R$ 180 milhões. O prefeito eleito informou que o nome do grupo, que comprou o empreendimento, só será anunciado nesta segunda-feira, 8. “Eu tinha prometido que não seria empresário em Palmas e prefeito ao mesmo tempo. Acho uma falta de respeito fazer qualquer coisa que alguém possa vir a imaginar que eu possa estar beneficiando algum negócio meu”, informou.
Palácio Araguaia
Também questionado pelo CT sobre como ficará a sua relação com o Palácio Araguaia, Carlos Amastha respondeu “que será a melhor possível”: “Apesar dessa derrota, que eles estão sofrendo nesse momento, o governador [Siqueira Campos], que se diz um homem que ama essa cidade, deve reconhecer e entender que esse é o desejo do cidadão palmense”. Amastha afirmou ainda que será uma relação institucional: “Mesmo que o governador me destrate, vou insistir no institucional. Poderá me destratar muito, de maneira pessoal. Institucionalmente estarei lá, na porta dele, para lutar pelo bem da nossa cidade”, avisou.
Ofendido
Amastha chegou a confidenciar que ficou ofendido quando, segundo ele, em um dos últimos comícios realizado na região dos Aureny’s, Marcelo Lelis e sua vice, Cirlene Pugliese (PMDB), “disseram que não iriam permitir que sua cidade fosse entregue para um estrangeiro, a um colombiano”. “Eles [Lelis e Cirlene] disseram que depois viria um americano, um chileno. Isso foi horrível. Aquela noite foi uma das mais tristes de toda campanha. Pensei que nunca ouviria isso”, declarou.
(Cleber Toledo)